Eu realmente gosto dele e tento ajudá-lo. Ele é um jogador incrível e tem o que é preciso para fazer sucesso. Mas gostaria que o colocassem gradualmente, como fizeram comigo quando comecei, levando as coisas numa boa e sem pressioná-lo. Vocês precisam lembrar que ele só tem 16 anos. Espero que continue gostando e que todo o barulho ao seu redor não tenha um impacto negativo, pois ele tem a qualidade para se tornar um dos melhores – disse Messi sobre Ansu Fati em entrevista ao “Fifa.com”.
Com a chancela do melhor jogador do mundo, começamos a contar um pouco da história do atacante Ansu Fati, de apenas 16 anos, através de um personagem que o conhece como poucos. José Luis Pérez Mena é diretor técnico da escola de futebol Peloteros Sierra Sur de Sevilha. Viu o garoto chegar com sua família na Espanha em busca de um futuro melhor, viu Fati dar os primeiros passos no futebol, superar etapas, deixar os meninos da sua geração para trás. Vê no futuro um jogador que pode marcar época na Espanha e no Barcelona.
Ansu Fati recebe um abraço de Messi — Foto: Arquivo Pessoal
A história de Ansu Fati com a Espanha começou bem antes de sua chegada. O pai, Bori Fati, deixou Guiné-Bissau, que passava por graves problemas sociais e até guerra civil, para tentar a vida na Europa. Ex-jogador profissional em seu país, chegou a buscar, sem sucesso, sequência na carreira em Portugal. Com a necessidade de trabalhar e as dificuldades naquele país, decidiu se mudar para a Espanha. Lá, conseguiu emprego, virou motorista e começou a colocar em prática seu plano de buscar a família na África.
– Seu pai, Bori Fati, está na Espanha há muitos anos. Veio primeiro para Portugal, no Sul de Portugal, no Algarve, e posteriormente veio para a Espanha. Arrumou emprego, e sempre que podia ia visitar a família em Guiné-Bissau. Uma família muito unida, jovem, com três filhos e duas filhas – disse José Luis.
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