O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), resolveu fazer manter a cantilena da ‘resistência’ e durante lançamento de aplicativo que monitora preços dos produtos nesta sexta-feira (28), no Palácio da Redenção, disse que a reforma da previdência proposta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) não resolve o problema dele e que não vai ceder a ‘pressão’.
João Azevêdo fez uma avaliação da reunião que teve com o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), onde foram discutidos pontos estratégicos e mudanças no texto da reforma da Previdência.
Segundo Azevêdo, a determinação de retirar estados e municípios do texto da reforma não representa qualquer tipo de pressão para eles, pois, a mudança, resolve apenas uma pequena parte do déficit. O governador afirmou que para ter o apoio dos Estados no texto é preciso ir muito além dessa estratégia ‘pífia’ e priorizar de fato as pautas discutidas por meio da carta.
“Veja bem, estar ou não estar na reforma, não é suficiente para que os Estados tomem para si ou se empenhem para a sua aprovação, até porque, essa reforma que está sendo posta, ela só resolve de 10 a 15% dos deficit dos Estados e apenas isso. Ela não resolve os deficit do Estado como um todo”, afirmou o governador.
João Azevêdo citou que houve duas reuniões com Rodrigo Maia e uma outra com Davi Alcolumbre para que, nesse texto final da reforma da Previdência, os Estados possam sair dela com uma solução para equacionar o seu deficit. “Na Paraíba, nós temos um deficit de 1,2 bilhão por ano e nós precisamos de novas fontes”, afirmou o socialista.
O governador afirmou que é possível se criar outras fontes de recursos através de pautas que já estão em tramitação no Congresso. Sem isso, não existe a possibilidade de dar o apoio que o Governo tanto quer.
“Nós precisamos de novas fontes e essas fontes poderão vim através da cessão onerosa, assinatura do bônus por assinatura do contrato de petróleo, pelo projeto de securitização, da PEC 51 que trata da ampliação do valor do FPE [Fundo de Participação dos Estado]; ou seja, são projetos que estão hoje em tramitação dentro do Congresso e nós colocamos na pauta que, caso esses projetos sejam aprovados e tramitem na possibilidade de criar uma nova receita para o Estado e minimize o deficit, então é possível se discutir e ter o apoio dos Estados, foi essa a colocação”, afirmou.
João afirmou que uma próxima reunião para discutir o texto final da reforma já está marcada para a próxima terça-feira (2). Segundo o mesmo, se a pauta não for atendida, não haverá acordo.
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