Como alguém em sã consciência imaginaria que a divulgação de um acordo de delação premiada, onde um investigado é acusado no primeiro parágrafo de receber R$ 4 milhões em espécie, serviria para desviar a atenção da mídia? Pois é, amiguinhos, mas foi exatamente isso que aconteceu na Paraíba!
Entenda o leitor que apenas o Gaeco, magistrados e advogados de defesa têm acesso ao conteúdo das delações na íntegra. Bem, o Gaeco e os desembargadores não divulgaram nada. Logo…
Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que neste momento a estratégia é dividir o escândalo entre deputados estaduais, federais e ex-aliados. Assim, o peso de chefe da Orcrim poderia ser “suavizado”. E com o duro golpe a classe política, que poderia ser caixa de ressonância da Calvário, fica acuada ao ter que se defender.
Francamente se o objetivo da Orcrim ao divulgar da delação de Livânia era “livrar a cara o chefe” o plano deu errado. Para tanto eles precisam apenas explicar que tipo de negócio um gestor faz com um fornecedor para receber repasses de R$ 1,5 milhão (para citar apenas uma das informações de Daniel) em espécie? Difícil achar outro nome pra isso né? Acho que propina continua sendo o mais apropriado…
Blog do Janildo
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