Tão logo proferiu o voto que afastou a inelegibilidade do ex-governador Ricardo Coutinho no mais antigo processo da justiça eleitoral paraibana, o auxiliar do governador João Azevêdo, Sebastião Lucana, que é secretário executivo da Comunicação Institucional, celebrou a performance do desembargador José Ricardo Porto, relator do caso, ressaltando o que chamou de robustez do voto. Em um blog mantido na internet, escreveu:
– Acompanhei o voto do relator.Voto robusto, fundamentado, próprio de quem sabe o que está dizendo, e garanto: foi uma aula de Direito. Aula que só não foi do agrado daqueles que queriam e ainda querem transformar o TRE da Paraíba no instrumento de uma trama diábolica para afastar o ex-governador Ricardo Coutinho da política, por ser esta a única maneira possível de derrotá-lo, já que, pelo voto e isso ficou provado, eles não vão conseguir.
Na manifestação que fez, certamente tomado de forte emoção, como até relatou, o auxiliar do Governo do Estado ainda censurou a acusação, leiam-se o Ministério Público Eleitoral (MPE) e os advogados de Cássio Cunha Lima, pela cobrança do julgamento só ocorrido agora, após longos cinco anos. “O que soou estranho, porque nem o advogado nem seu constituinte criticaram o STF por não julgar o caso do dinheiro voador, adormecido em gavetas de Brasília desde o distante ano de 2008”.
No voto de ontem, o desembargador pediu a condenação por conduta vedada e aplicação de multa de R$ 50 mil ao ex-governador Ricardo Vieira Coutinho, R$ 50 mil à ex-secretária de Educação, Márcia Lucena, e R$ 25 mil ao ex-secretário Waldson de Souza. O juiz Antônio Carneiro de Paiva pediu vista e votará no reinício do julgamento na próxima quinta-feira, dia 18.
Discussion about this post