O rumoroso caso de assédio moral e sexual que envolveu o então secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB/PB), Assis Almeida, e que resultou, inclusive, na demissão da denunciante, imposta pelo presidente Paulo Maia, enfim, teve um desfecho. O juiz da Oitava Vara do Trabalho, Rômulo Tinôco, condenou a OAB/PB a pagar uma indenização de mais de R$ 150 mil a ex-secretária Lanusa Monte.
Em seu blog, Heron Cid, que o magistrado entendeu a denúncia de Lanusa como procedente. “A soma das indenizações somam R$ 157 mil”, registra ao acrescentar que “o caso tramita em segredo de justiça.”
Na sentença, o juiz teria fixado R$ 50 mil de dano pelo assédio sexual, R$ 30 mil pelo assédio moral e R$ 77 de verbas trabalhistas. Cabe recurso.
Na época da ação, Lanusa Monte tinha 20 anos de serviços prestados à OAB-PB, mais de dez de casada, além de um filho de 10 anos. Hoje, após o episódio, Lanuza tenta tocar a sua vida, enquanto que Assis Almeida preside a Caixa de Assistência dos Advogados da Paraíba (CAA/PB).
Numa postagem feita na sua página no Facebook, a funcionária da OAB Lanusa do Monte afirmou ter provas de que sofreu assédio sexual por parte do secretário geral da entidade, Assis Almeida. “Sim, contra fatos, provas, gravações e testemunhas não existem argumentos”.
Funcionária da OAB por quase duas décadas, ela disse que não permitiria que sua honra fosse exposta de forma tão maléfica. “As provas que eu tenho serão apresentadas a quem de fato e de direito vão julgá-las com imparcialidade e justiça”.
Confira a postagem de Lanuza feita à época:
Venho esclarecer que não sou massa de manobra política, que trabalho na OAB a quase 19 anos, que sempre mantive minha conduta profissional inquestionável, exerci cargos de maior confiança que poderia desempenhar dentro de uma Instituição, que sempre valorizei e que me dediquei por mais da metade de minha vida.
Não estou sendo leviana, não estou levantando falso e nem tão pouco querendo denegrir a imagem de ninguém, diferente do que fizeram e estão fazendo comigo.
Entretanto, não posso permitir que a minha honra e dignidade sejam expostas de forma tão maléfica.
Fui exposta de maneira sórdida, de vítima estão querendo me fazer criminosa.
Quando ñ apresentei minha versão, apenas não concordava com a forma como estava sendo dirigida a Comissão de sindicância, se a mim cabia o direito ao silêncio, assim o fiz, até o presente momento.
Sim, contra fatos, provas, gravações e testemunhas não existem argumentos.
Ao procurar os diretores, não queria tornar o meu caso público, caso quisesse teria entregue à imprensa.
Agora, vejo meu nome veiculado nas redes sociais de forma a tentar me desmoralizar, me diminuir como profissional, mulher, esposa, mãe de família e servidora de uma casa que deveria prezar pelos Direitos Humanos.
Não venho aqui apresentar minha versão, a verdade dos fatos, até porque a justiça não é julgada em redes sociais. As provas que eu tenho serão apresentadas a quem de fato e de direito vão julgá-las com imparcialidade e justiça.
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