A dificuldade de fazer e a facilidade em levar gols no Brasileirão, contraste evidenciado no 1 a 1 com o Ceará, renderam as primeiras vaias contundentes ao Fluminense em 2019. Externada na segunda à noite, no Maracanã, curiosamente após o apoio incondicional de domingo, quando do treino aberto nas Laranjeiras, a desconfiança da torcida e a falta de resultados dão a dimensão do desafio que Fernando Diniz tem pela frente.
O modelo de jogo, de construção ofensiva a partir do campo defensivo com intensa troca de passes, salvo reprovações pontuais, foi elogiado pelos tricolores desde a estreia no Carioca, a primeira competição da temporada. Porém, ele dificilmente resistirá sem vitórias, algo reconhecido pelo próprio treinador. São cinco jogos sem ganhar, a 15ª posição e os mesmos nove pontos do Cruzeiro, o primeiro time na zona de rebaixamento – está fora do Z-4 pelo saldo de gols.
O que mais incomoda no nosso time é a gente criar e não concluir em gol. Está sendo o diferencial de deixar pontos no caminho. A gente tem treinado, mas precisa melhorar. Espero que a bola entre para a gente ganhar os jogos – comentou Diniz.
Com 14 gols marcados, o Tricolor tem o quarto melhor ataque do campeonato. Mas abusa de desperdiçar chances: precisa em média de 9,7 finalizações para balançar a rede adversária, conforme o Footstats. Contra o Ceará, além do gol, Pedro, João Pedro (duas vezes) e Yony perderam boas oportunidades. Ou seja: ter maior posse de bola e concluir mais não têm sido sinônimo de efetividade.
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