A Faculdade de Ensino Superior do Nordeste (Unifuturo) e a Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap), firmaram parceria voltada à ressocialização dos detentos através da educação.
Segundo o Reitor da Unifuturo, professor Ricardo Monteiro, a proposta é agregar valor no que diz respeito à contenção de conflitos, noções de esperança na reintegração social e desenvolvimento de política de profilaxia, ou seja, na prevenção de doenças, medidas de higiene, atividade física, cuidados com a alimentação, vacinação, entre outras coisas não menos importantes.
Sistema de voluntariado
?Vamos fazer um trabalho num sistema de voluntariado, convergindo professores e alunos para dentro do processo com base na disciplina, dedicação e foco na sociedade e tenho certeza que vamos atingir bons resultados?, afirmou, lembrando ser papel do educador contribuir com uma sociedade mais saudável e menos doente.
?São presidiários, mas continuam sendo pessoas e tendo famílias, com possibilidades efetivas de voltar a ser um elo válido dentro da sociedade. Esse é o nosso papel como educadores, de trabalhar num processo de uma sociedade mais saudável e com menos células doentes. A princípio, é uma educação que deveria já existir institucionalmente. Educação tem que estar definitivamente próximo a processos de ressocialização?, prelecionou.
Fundamental importância
Já o secretário de Administração Penitenciária Sérgio Fonseca de Souza considerou bem vinda a parceria, tendo em vista a ressocialização do sistema prisional ser uma vocação da administração penitenciária e de fundamental importância não só para o sistema penitenciário, mas também para a sociedade.
?Estamos sempre de braços abertos para projetos como esse, que fortaleçam a cidadania e a democracia do nosso País. Eu fui muitos anos diretor de unidade prisional e sei que em muitos casos o preso só quer ser ouvido e conhecer melhor sobre os seus direitos. Nada melhor que isso aconteça com a presença de pessoas qualificadas no processo de ressocialização?, afirmou.
Reinserção na sociedade
Ainda segundo Sérgio Fonseca, a população carcerária é carente de informações e auxílio: ?Isso nos leva a crer que o preso em processo de reeducação precisa ser acolhido, independentemente do que ele ou ela tenha feito, e que é dever do Estado garantir os cuidados e a segurança necessária para que sejam reinseridos na sociedade?.
A Paraíba conta hoje com 13.062 presos distribuídos em 79 unidades prisionais em todo o Estado. Dessas unidades, 21 delas são de grande porte, a exemplo do Silvio Porto, em João Pessoa, que conta com aproximadamente 1600 presos. O encontro contou ainda com a participação do chefe de gabinete da Seap Roberto Daniel e da responsável pela ressocialização do sistema prisional Priscila de Alencar, graduada em Serviço Social ? UFPB e especialista em Segurança Pública e direitos humanos e mestre em Ciências das Religiões em Sistemas Prisional.
Assessoria
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