Ex-governador do Ceará, ex-ministro e ex-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT-CE) não esconde sua pretensão de estar na corrida presidencial em 2022, embora ainda faltem pouco mais de dois anos para o pleito. Ele acredita ter chances ao se apresentar como “político experiente” em oposição àqueles que pregam a “nova política”.
Essa experiência, porém, difere daquela que ele atribui ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em sua avaliação, o petista — de quem já foi aliado — é o homem que mais conhece o Brasil. No entanto, após a perda do poder, Lula teria cedido ao “ódio” e corrompido a sua própria alma.
“Ele se corrompeu de alma. Ele perdeu a noção do nacional, do popular e, com o projeto de poder dele e do grupinho dele em cima de qualquer valor, é muito motivado pelo ódio, pelo fígado”, disse Ciro em entrevista ao Metrópoles.
Ao falar do governo Bolsonaro — a quem Ciro chama de político da “categoria bandido” — ele vislumbra três crises ocorrendo simultaneamente. Uma na área de saúde, com a pandemia do coronavírus. A outra, na economia, com a queda na geração de riquezas e a perda de milhões de postos de trabalho. Por último, há uma crise de natureza política provocada, na sua avaliação, pelo comportamento do presidente da República.
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