O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou que cerca de R$ 3 milhões pagos pelo delator Daniel Gomes da Silva, chefão da Cruz Vermelha gaúcha e investigado na Operação Calvário, esquema liderado pelo ex-governador Ricardo Coutinho, do PSB, sejam destinados ao Ministério da Saúde para o combate ao coronavírus. A decisão é do ministro Francisco Falcão, relator do caso e responsável pela homologação do acordo na Corte. O ministro atendeu pedido feito pela chefe da Lava Jato na Procuradoria Geral da República, Lindôra Araújo.
A Calvário investiga esquema criminoso que desviou recursos públicos destinados à área de saúde do estado da Paraíba, contando com envolvimento de conselheiros do Tribunal de Contas (TCE/PB).
De acordo com as investigações, os colaboradores se valeram das organizações sociais (OSs) Cruz Vermelha Brasileira – Filial do Rio Grande do Sul e do Instituto de Psicologia Clínica e Educacional e Profissional para a gestão do Hospital de Trauma Humberto Lucena, Hospital de Traumatologia e Ortopedia da Paraíba, Hospital Geral de Mamanguape (PB) e Hospital Metropolitano de Santa Rita. No período de 2011 a 2018, foi repassado às instituições mais de R$ 1,1 bilhão proveniente dos cofres públicos paraibanos.
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