Relator de processo que pode tornar Ricardo Coutinho inelegível deixa TSE no final deste mês

Relator de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), ainda remanescente do pleito eleitoral de 2014 e que pode tornar inelegível o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), cujo julgamento foi mais uma vez adiado pelo Tribunal Superior Eleitoral na última terça-feira, dia 18, pode não ser julgado esse ano, caso Og Fernandes, ministro relator, não consiga dar o seu voto até o final deste mês de agosto. É que Og Fernandes deve deixar a Corte Eleitoral no dia 30 de agosto, quando termina seu biênio no cargo.

Og Fernandes é ministro titular do TSE desde 30 de agosto de 2018.  Foi ministro substituto no período de 30 de agosto de 2016 até sua posse como integrante efetivo. O TSE, como se sabe, é formado por, no mínimo, sete ministros. Três são do STF, um dos quais é o presidente da Corte, e dois do STJ, um deles o corregedor-geral da Justiça Eleitoral. Os outros dois são juristas oriundos da classe dos advogados, nomeados pelo presidente da República.

Magistrado de carreira, oriundo do STJ, Og Fernandes até ensaiou o voto após as ´sustentações orais´ dos advogados, contudo, em virtude do horário e considerando a extensão do próprio voto, conforme avisou o próprio relator o ministro-presidente, Luís Roberto Barroso, encerrou a sessão, embora antecipando que outro ministro já teria dito que iria ´pedir vista´ no processo.

Sem uma data certa, caso não entre na pauta do TSE nas sessões restantes deste mês, Og Fernandes deixará a Corte sem dar o seu voto, o que implicará na mudança de relator, o que fará com que o processo fique ainda mais distante de um desfecho antes do prazo limite para registro das candidaturas. Dessa forma, o ex-governador Ricardo Coutinho poderá concorrer à Prefeitura de João Pessoa tranquilamente e sem qualquer receio quanto a continuidade de sua postulação ao longo do pleito.

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