O governador Ricardo Coutinho (PSB) classificou de ‘ato falho’ as declarações do senador e presidente estadual do PMDB, José Maranhão, de que não iria procurar o socialista para aproximá-lo do presidente interino Michel Temer (PMDB). Na ocasião, o socialista criticou a postura da bancada federal da Paraíba que, segundo ele, não se une para conseguir recursos para o estado.
Inicialmente, Ricardo Coutinho disse que não ouviu a entrevista do senador José Maranhão, mas garantiu que não faz a política do quanto pior, melhor.
“Eu não ouvi, então vou dar o benefício da dúvida. Se ele disso isso, eu lamento muito porque eu imagino que se eu for senador um dia, como eu fui deputado e vereador, sempre terei o sentimento de servir ao povo”, declarou.
O socialista reafirmou a disposição de manter uma aliança com o PMDB no estado e lembrou que o partido ocupa cargos estratégicos no seu governo. Ele também aguarda uma retratação do presidente do PMDB estadual.
“Se ele disse isso, foi um ato falho. Creio que não é muito condizente com aquilo que o governo expressa em relação à aliança com o PMDB. O partido ocupa pastas importantes no governo porque eu governo com aliados. Eu espero que se porventura isso tenha sido dito, tenha sido um equívoco, e efetivamente, possa ser remediado dentro de um breve espaço de tempo”, falou.
O governador também revelou que a última conversa que teve com José Maranhão pessoalmente ocorreu em dezembro do ano passado, ocasião em que o senador teria lhe dito que votaria contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
“Eu respeito o senador José Maranhão, a nossa última conversa foi em dezembro em torno do impeachment. Na oportunidade, ele me disse que não votaria a favor do impeachment e depois ocorreram conversas por telefone. Se é verdade que temos aliança e da parte do governo nós temos, evidentemente, que isso deve se espelhar nas disputas que existem. Eu acho que não é vontade da base do PMDB fazer oposição ao PSB”, acrescentou.
Por fim, o chefe do executivo estadual criticou a bancada federal paraibana em relação às emendas. Segundo ele, as emendas de bancada não são liberadas e alguns parlamentares usam seus mandatos para fazer “balcão de negócios”.
Para o governador, a bancada deveria chegar a um entendimento para dar mais legitimidade aos pleitos do estado, já que a prioridade atualmente são as emendas individuais.
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