O deputado estadual Raniery Paulino, líder da oposição na Assembleia Legislativa, defendeu a participação do poder legislativo no suporte às investigações da Operação Calvário, que investiga o desvio de quase R$ 2 bilhões em recursos públicos da saúde em contratos mantidos pelo Governo do Estado e a Cruz Vermelha gaúcha. O parlamentar questionou se o ex-governador Ricardo Coutinho, o atual João Azevedo e todo o PSB tinha “malufado” (termo utilizado em alusão a Paulo Maluff, que alardeava o brodão ‘rouba, mas faz’), em virtude da forma com que têm procurado se esquivar das denúncias. “Será que os girassóis malufaram?”, perguntou
Em entrevista ao Correio Debate, do Sistema Correio de Rádio, nesta quinta-feira (14), Raniery denunciou o sumiço das duas câmaras hiperbáricas que funcionavam no Hospital de Emergência e Trauma, na Capital, especialmente para o tratamento de queimados. “Recebi uma informação grave dos profissionais que lá trabalham, dando conta do sumiço desse importante equipamento caríssimo e que foi adquirido por Maranhão, quando entregou o hospital, e que funcionou, pelo menos até onde sei, no governo de Cássio”, acrescentou.
Ranniery disse ter ouvido relatos de servidores sobre desvios de outros equipamentos, recursos e outras irregularidades graves. “São diversas denúncias envolvendo essa Cruz Vermelha e outras Organizações Sociais que chegaram aqui pelas mãos do ex-governador e, não se espantem, estamos diante de um escândalo muito maior que o noticiado até aqui”, pontuou.
O líder oposicionista previu mais problemas pela frente, não só na saúde, como, também, na educação. “Esse modelo de OS que foi implantado aqui serviu para muita coisa menos melhorar a saúde e a educação na Paraíba”, arrematou.
Raniery confirmou que a oposição dispões de 10 assinaturas e que aguarda o posicionamento de outros membros da bancada, que oficialmente é composta por 14 parlamentares, para fechar as 12 assinaturas necessárias.
