O Brasil está novamente diante de um escândalo de proporções bilionárias envolvendo a máquina pública. Desta vez, as fraudes descobertas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sob o governo Lula, colocam em xeque não apenas a eficiência do sistema previdenciário, mas a própria integridade da gestão pública. Os desvios, segundo estimativas, podem superar a espantosa marca de R$ 600 bilhões — grande parte relacionada ao sistema de empréstimos consignados que foi transformado em uma máquina de endividamento cruel e oportunista, às custas de aposentados e pensionistas.
Esses números, se confirmados, colocam este escândalo como um dos maiores da história da República. O rombo não é apenas fiscal: é moral. A confiança da população, sobretudo da mais vulnerável — idosos, viúvos, trabalhadores que dedicaram a vida ao país — foi traída de maneira sistemática. Aliás, em Brasília, o que se fala é que os descontos ilegais para beneficiar entidades ligadas ao PDT, de Carlos Luppi, que deixou o governo em meio as denúncias de corrupção, e PT, sigla que tem ligação umbilical com essas associações e seus dirigenetes.
Mas o que mais revolta não é só a dimensão do desvio, e sim quem paga por ele: o cidadão comum. Enquanto aposentados enfrentam filas, lutas inglórias para terem seus benefícios reconhecidos e recebem benefícios corroídos pela inflação, sem esquecer do assédio constante de instituições financeiras para novos empréstimos, os verdadeiros responsáveis seguem blindados pelo manto da impunidade e do conchavo político.
É inaceitável que os partidos políticos que indicaram os gestores corruptos para cargos estratégicos no INSS não sejam responsabilizados diretamente por essa tragédia. É sabido que muitas dessas nomeações não se deram por critérios técnicos, mas por acordos de bastidores, trocas de favores e loteamento da máquina pública. A prática clientelista de transformar órgãos públicos em feudos partidários tem um preço — e esse preço, hoje, ultrapassa os R$ 600 bilhões.
Portanto, é legítimo e urgente que a sociedade brasileira exija responsabilização financeira dos partidos envolvidos. Se foram seus quadros e suas decisões políticas que permitiram a entrada de agentes corruptos no coração do INSS, então que arquem com a restituição aos cofres públicos. Que seus fundos partidários e eleitorais sejam bloqueados até que os valores desviados sejam devolvidos. Que dirigentes partidários respondam judicialmente, e que não reste mais espaço para a velha desculpa da “desconexão entre partido e indicado”.
Afinal, não se trata apenas de um roubo. Trata-se de um atentado à boa-fé de milhões de brasileiros, à dignidade dos que mais precisam, e à sustentabilidade de um dos pilares do Estado: a Previdência Social.
Chega de empurrar a conta para o povo. É hora de inverter o jogo. Que paguem os responsáveis — e não as vítimas.
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