A proposta do governador Ricardo Coutinho (PSB) para evitar explosões a caixas eletrônicas no Estado ainda não chegou à Assembleia Legislativa da Paraíba, mas já causa polêmica entre os deputados estaduais. O líder da oposição na Casa, Renato Gadelha (PSC) chamou a proposta de ridícula e antecipou que o chefe do Executivo não terá o apoio da oposição na aprovação da proposta.
“O governador age igual a marido quando flagra a traição da mulher no sofá de casa e joga o sofá pela janela. Quer dizer que a culpa das explosões não é da insegurança, mas dos caixas eletrônicos?”, ironizou o líder da oposição. Para Gadelha, a proposta de Ricardo de esvaziar os caixas eletrônicos à noite e reabastecê-los pela manhã vai provocar apenas uma mudança de foco e não resolverá o problema. “O que ocorrerá é apenas a economia de dinamites, porque os carros fortes serão atacados no momento do abastecimento”, disse.
O líder do governo na ALPB, Hervázio Bezerra, esclareceu que ao conhecia a síntese do projeto, mas defendeu a postura de Ricardo Coutinho. “O governador tem sido corajoso em tratar publicamente um assunto sério e grave”, disse. O parlamentar criticou os altos lucros das instituições bancárias em detrimento de investimento em segurança.
“Todo cidadão sabe que as empresas que mais auferem lucro são as agencias bancárias. Consequentemente elas passam a contratar estagiários e terceirizar serviços, como o Pague Fácil, e não querem investir em absolutamente nada. Como um caixa eletrônico fica ali com quantidade substancial de recursos e não se coloca a proteção de um segurança. Quem tem que pagar somos nós, que somos tarifados pela rede bancaria em tudo?”, defendeu.
O socialista também ressaltou o trabalho das polícias na prisão na elucidação dos crimes e prisão de bandidos “Concordo com a postura do governador, que com muita altivez trata essa matéria como tem que ser tratada. A segurança pública também tem dado sinais de competência prendendo membros dessas quadrilhas Vamos deixar a questão político partidária de lado e ver que os bancos também precisam fazer a sua parte”, acrescentou.
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