Pena de Bolsonaro é maior que as de Lula e Collor, condenados por corrupção

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, nesta quinta-feira (11), a mais dura sentença já aplicada a um ex-chefe do Executivo brasileiro. Por decisão dos ministros, Bolsonaro cumprirá 27 anos e 3 meses de reclusão em regime inicialmente fechado.

A pena imposta supera, em rigor, as sanções que atingiram outros dois ex-presidentes da República. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alvo de processos no âmbito da Operação Lava Jato, chegou a ser condenado em segunda instância, mas teve as sentenças anuladas pelo próprio STF. Já Fernando Collor de Mello (sem partido), cassado em 1992 no processo de impeachment e posteriormente condenado em ações penais, recebeu punições menos severas em comparação ao novo veredicto contra Bolsonaro.

O julgamento desta quinta-feira entra para a história como um divisor de águas na relação entre o Supremo e ex-mandatários. Ao fixar a pena em regime fechado e em patamar elevado, a Corte sinaliza a gravidade atribuída às condutas de Bolsonaro, consideradas pelos ministros como atentatórias à ordem democrática e ao Estado de Direito.

Com a decisão, Bolsonaro se torna o primeiro presidente brasileiro a enfrentar uma pena de tamanha extensão e rigor, consolidando um precedente que deve impactar o debate político e jurídico nos próximos anos.

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