Paraíba deve rejeitar oferta de medicamento enviado pelos EUA ao Brasil “por não ter eficácia comprovada”

Os Estados Unidos fornecerão ao Brasil 2 milhões de doses de hidroxicloroquina para uso contra a Covid-19, informaram os dois governos. A Paraíba deve seguir recomendação do Consórcio Nordeste e deve rejeitar o envio de cota que o Ministério da Saúde repassaria ao estado. O medicamento é recomendado pelo Ministério da Saúde que editou, inclusive, um protocolo com orientações às unidades de saúde e profissionais médicos.

De acordo com o secretário Geraldo Medeiros, o Governo do Estado entende que as pesquisas indicam que o medicamento não tem efeito no novo coronavírus.

A Casa Branca e o Itamaraty divulgaram um comunicado conjunto sobre o medicamento, cujo uso tem sido defendido tanto pelo presidente Jair Bolsonaro quanto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, poucos dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspender os testes do medicamento em pacientes de Covid-19 por preocupações com a segurança.

O próprio Trump disse em meados de maio que estava tomando hidroxicloroquina como medida de prevenção contra o coronavírus. Já Bolsonaro disse ter uma “caixinha” do remédio guardada caso sua mãe de 93 anos necessite.

“O povo brasileiro e o povo norte-americano solidarizam-se na luta contra o coronavírus”, disse o comunicado. “Anunciamos que o governo dos EUA entregou dois milhões de doses de hidroxicloroquina (HCQ) para a população do Brasil. Os Estados Unidos também enviarão em breve 1.000 ventiladores para o Brasil”, acrescenta.

“A HCQ será usada como profilático para ajudar a defender enfermeiros, médicos e profissionais de saúde do Brasil contra o vírus Ela também será utilizada no tratamento de brasileiros infectados, completou a nota. Os dois países também realizarão um esforço de pesquisa conjunto que incluirá “testes clínicos controlados randomizados”, de acordo com o comunicado.

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