A Granja Santana, residência oficial do governo, também foi transformada como uma espécie de ‘Quartel General’ da propina durante os governos do PSB nos últimos anos. Pelo menos é o que se depreende de tudo aquilo que falou e mostrou a ex-secretária e braço direito do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), Livânia Farias.
Conforme relato da comandante da pasta da Administração até o inicio do governo de João Azevêdo (sem partido), a Granja Santana foi utilizada para guardar propina (pelo menos R$ 4 milhões) que ela própria entregou ao ex-governador. O relato espantoso de Farias reforça informação da ex-primeira-dama, Pâmela Bório, que chegou a revelar ter encontrado caixas de dinheiro na residência oficial.
“Em sua colaboração disse: “QUE antes do ano de 2014 realizou um pagamento de R$950.000,00 em dinheiro a RICARDO COUTINHO na Granja Santana; QUE o dinheiro repassado teve origem da empresa GRAFSET e de outro montante que estava numa caixa e foi juntado de LAURA e LEANDRO; QUE depois foi sozinha pós 2014 e foram realizados até 2018; QUE vai falar das vezes que foi; QUE foi uma vez com LEANDRO nessa, dos R$950.000,00 (novecentos e cinqüenta mil); QUE depois foi sozinha deixar R$800.000,00 (oitocentos mil); QUE depois foi sozinha deixar R$1.000.000,00 (um milhão); QUE os R$800.000,00 (oitocentos mil) foram deixados em 2018 e teve origem a LIGA PELA PAZ; QUE o valor de R$1.000.000,00 (um milhão) também teve origem da LIGA PELA PAZ e foi pago em 2018; QUE os demais foram em 2017, 2016 e 2015 que foram R$500.000,00 (quinhentos mil) com LAURA em 2015, R$450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil reais) com LEANDRO e R$300.000,00 (trezentos mil reais) também com LEANDRO; QUE o total das entregas foi de R$4.000.000,00 (quatro milhões de reais); QUE o primeiro pagamento, segundo RICARDO COUTINHO, serviria para pagar a política pois estava sendo sufocado pelos deputados”.
Livânia falou ainda sobre o apoio de grandes empreiteiras como a Via Engenharia e outros empresários ao esquema.
Lotep
O acordo de colaboração trata ainda do envolvimento de Coriolando Coutinho (irmão do ex-governador com a Lotep. “Sobre BILHETE e BILHETINHO da LOTEP
Em seu depoimento disse: “QUE BILHETE BILHETINHO da LOTEP; QUE não sabe se é da LOTEP; QUE conversou com DANIEL e o mesmo disse que esteve com CORIOLANDO COUTINHO e já havia resolvido a situação; QUE indagou DANIEL sobre que situação, perguntando-lhe se teve algum problema do mesmo com CORIOLANDO COUTINHO; QUE DANIEL disse que quando a CRUZ VERMELHA quando chega ela presta um serviço de utilidade pública, cestas básicas, essas coisas; QUE tem um negócio chamado “BILHETÃO” que um percentual é obrigatório encaminhar para uma instituição; QUE essa empresa estava mandando para a CV paraibana; QUE estava mandando dinheiro, pois manda um percentual do que vende para uma instituição de caridade; QUE DANIEL recebeu um telefonema de CORIOLANDO COUTINHO dizendo que queria conversar; QUE CORIOLANDO COUTINHO não queria que essa pessoa que estava lá ficasse e sim a que ele indicou; QUE DANIEL para não tirar a pessoa de uma vez deixou a pessoa ainda um mês ou dois e ficou fazendo com a pessoa que CORIOLANDO COUTINHO indicou; QUE não sabe qual o interesse de CORIOLANDO COUTINHO; QUE o dinheiro entrava na CV e comprava cesta básica, fazia feijoada, sendo gasto lá mesmo QUE é um percentual que pela lei tem que ser dado; QUE dá para APAE; QUE não sabe o valor recebido pela CV”.
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