A Operação Calvário, deflagrada no final do ano passado pelos Ministério Públicos do Rio de Janeiro e Paraíba, e que apura o desvio de recursos protagonizado por uma quadrilha infiltrada na Cruz Vermelha brasileira que resultou na prisão de 11 pessoas, inclusive Daniel Gomes (no Rio de Janeiro), considerado o chefe da quadrilha, e o empresário Roberto Kremser Calmon (num hotel em João Pessoa), vem expondo uma clara divergência de opinião e e pensamento entre o atual governador João Azevedo e o seu antecessor Ricardo Coutinho, ambos do PSB.
É que há pouco mais de um mês, o então governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou que “não existe nada de denúncia contra a Paraíba” em decorrência da Operação Calvário contra a Cruz Vermelha, que gere o Hospital de Trauma de João Pessoa, e completou: “teve jornal com a cara de pau de dizer que a denúncia pode envolver a Paraíba. Ou seja, não existe nada de denúncia contra a Paraíba. Mas esses são os resquícios da péssima política que ainda impera, onde gente que diz que não é política tenta fazer política usando a informação, e esse tipo de coisa não consigo considerar normal”, esbravejou à época.
Na última sexta-feira (25), o governador João Azevedo (PSB) surpreendeu com a intervenção do poder executivo na gerência, operação e oferta de serviços nos hospitais de Emergência e Trauma de João Pessoa, no Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita; e no Geral de Mamanguape. Não fosse o bastante, Azevedo demitiu o assessor de confiança, considerado “braço-direito”, da secretária de Administração, Livânia Farias, que havia sido nomeado pelo ex-governador Ricardo Coutinho para essa função em julho de 2011.
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