Opeção Talir: PF abre nova frente de investigação e ação de cassação contra político paraibano deve ser apresentada após carnaval

A Operação Talir, que investiga compra de votos e lavagem de dinheiro nas eleições de outubro último e que protagonizou mais um capítulo na última terça-feira (07), na Paraíba, resolveu inaugurar mais uma linha de investigação, desta feita no âmbito criminal, isso diante de um conjunto de elementos até aqui levantados pelos investigadores.

Uma das frentes da operação deve resultar num Recurso contra a Expedição de Diploma (RCED) a ser formulado pelo Ministério Público Eleitoral logo após o carnaval. Já no âmbito criminal, crimes como corrupçao e peculato estão na mira dos investigadores.

A Polícia Federal, como se sabe, cumpriu vários mandados de buscas e apreensão, em Campina Grande, um desdobramento da Operação Mercador, deflagrada em 14 de outubro do ano passado, quando agentes da corporação estiveram em João Pessoa, São José do Sabugi e Teixeira para obter provas sobre a origem e destino de R$ 173.600,00 apreendidos com material de campanha na véspera do 1º turno da eleição. Esse primeiro valor foi apreendido após colisão entre uma motocicleta e um carro no município de Santa Luzia. Durante abordagem das Polícias Militar e Rodoviária Federal houve tentativa de ocultar o dinheiro.

Na operação desta semana, nada mais um cofre com quase R$ 1 milhão, isso em dinheiro em espécie e cheques, foi encontrado pelos agentes, que ainda apreenderam R$ 90 mil e mais duas armas, sendo uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12.De acordo com a Polícia Federal, o cofre foi apreendido na casa do coordenador financeiro de campanha de um político (nem o nome do coordenador nem do político foram divulgados).

A julgar pelas imagens obtidas pelo Tá na Área, o político em questão seria o deputado federal eleito Murilo Galdino, irmão do atual presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, ambos do Republicanos, recentemente reconduzido para mais dois biênios à frente da Casa. Aliás, num dos cheques encontrados, no valor de R$ 100 mil, foi assinado por Rossana Valessa Silva Freire, que foi secretária adjunta da Mesa da Assembleia Legislativa, entre 2014 e 2018.

Assinatura no verso do cheque:

Foto: Ampliação de foto divulgada pela Polícia Federal.

Assinatura de Murilo Galdino em documentos oficiais:

 

Foto: Ampliação de foto divulgada pela Polícia Federal.
Foto: Polícia Federal

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