O jornal ‘O Globo’ repercutiu uma declaração do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, de que seu partido não estaria disposto a levar o PMDB, do presidente interino Michel Temer, ‘nas costas’. A tensão foi gerada por conta da divergência sobre o ajuste fiscal que levou caciques do PSDB no Senado e na Câmara a falar em assumir posição de independência em relação ao governo, após o impeachment.
“Isso é a ponta do iceberg. Nosso apoio ao governo só depende do Temer, se ele vai manter ou não o compromisso com o ajuste fiscal. Não vamos levar o governo e o PMDB nas costas. Se continuar neste caminho, temos certeza de que o governo vai dar errado”, afirmou Cássio Cunha Lima.
Os tucanos acusam o PMDB e o Palácio do Planalto de fazerem um “jogo duplo”, que coloca o partido numa posição incômoda com setores que pleiteiam reajustes.
Eles entraram em conflito sobre o aumento salarial de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os parlamentares aprovaram ontem um reajuste que elevará o piso salarial dos defensores públicos da União em 67%, até atingir 28,9 mil em janeiro de 2018.
O senador Tasso Jereissati também (PSDB-CE) externou sua indignação com os sinais trocados do governo:
“O mais provável, se continuar assim, é o PSDB liberar sua bancada e ficar em uma posição de independência e indiferença em relação ao governo daqui para frente. Se ficar rachado na sua base, quem vai cair é o governo, não o PSDB. Se a base não apoia essa política, eu também não vou servir de boi de piranha”, reclamou o tucano.
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