O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que visita à Paraíba nesta segunda-feira (25), lamentou que os recursos públicos da área de saúde tenham sido drenados para a corrupção, conforme investigações no âmbito da Operação Calvário, deflagrada pelos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e Paraíba, e que identificou uma organização criminosa responsável por desvios de recursos por meio de contratos com a Organização Social Cruz Vermelha.
Mandetta lamentou que a organização criminosa tenha gerado prejuízo aos cofres públicos, como também manchado o nome da Cruz Vermelha. “A gente vê com muita tristeza, porque a Cruz Vermelha é uma entidade muito antiga, secular, que prestou um trabalho muito grande nas guerras por conta de sua credibilidade, agora, isso é algo que diz respeito aos ocorridos aqui na Paraíba, os ministérios públicos devem investigar, as pessoas devem ser eventualmente responsabilizadas pelas coisas que fizeram e nós criaremos mais estrutura de controle para evitar que isso ocorra”, registrou.
Operação Calvário
Foi desencadeada no dia 14 de dezembro de 2018 para apurar núcleos de uma organização criminosa que, de acordo com as investigações, seria comandada por Daniel Gomes da Silva, que seria responsável por desvio de recursos públicos, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, através de contratos firmados junto a unidades de saúde do Estado, com valores chegando a R$ 1,1 bilhão, possuindo atuação em outras unidades da federação, a exemplo do Rio de Janeiro.
A operação já culminou na prisão de toda a cúpula da organização, como também da ex-secretária de estado, Livânia Farias e o assessor Leandro Azevedo.
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