A Câmara de Vereadores de Campina Grande deve manter o reajuste dos parlamentares, aprovado há poucos dias pelo plenário da Casa. De acordo com o vereador Nelson Gomes, a pauta da reunião entre os vereadores prevista para acontecer nesta terça-feira (20), às 18h, será restrita a retirada ou não do pagamento do 13º salário aos parlamentares, que foi aprovado na mesma matéria.
Já o reajuste de 23%, Gomes acredita que não haja modificações, já que está previsto em lei. “O aumento é sagrado. Ninguém pode tirar. Vereador e deputado estadual só têm aumento de quatro em quatro anos. A inflação neste período foi de 32% e nós aprovamos um reajuste de 23%”, argumentou.
Embora não acredite em mudanças, Gomes não nega que o assunto venha à tona e que sejam propostas reduções no percentual. “O abono dos vereadores não está previsto em lei municipal, nem estadual, mas em lei federal. Pode ser até que mexam, não sei se vão querer reduzir para 20% ou menos, mas o que está sendo colocado nesta reunião de hoje é o pagamento do 13º”, reforçou.
Com o reajuste aprovado, os salários dos vereadores subirão de R$ 12.025,00 para R$ 15.193,00 e o futuro presidente da Casa passa a ganhar R$ 22.700,00.
Em Campina Grande, segue o clima de insatisfação com a aprovação do reajuste e implantação do 13º salário. Na manhã desta terça, servidores da saúde, educação e apoio fizeram pressão na Câmara Municipal pela revogação do que eles chamaram de “imoral aumento salarial” e da criação do 13º. Centenas de servidores ocuparam o plenário e a galeria da Câmara com palavras de ordem. Eles acusaram os vereadores de golpistas e nomearam, um por um, aqueles que votaram a favor da Lei. O ato foi coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab). Os servidores marcaram nova mobilização para esta quarta-feira (21), às 9h, na Câmara Municipal.
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