Lula zera impostos de carros populares

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quinta-feira (10) um decreto que zera o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros populares produzidos no Brasil. A medida faz parte do programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) e vale até dezembro de 2026.

A nova política do governo tem como foco os carros 1.0 flex, movidos a etanol ou gasolina e com até 90 cavalos de potência, como Fiat Argo, Cronos e Renault Kwid. Esses modelos, hoje com IPI de 7%, podem se enquadrar na alíquota zerada, desde que atendam aos critérios ambientais e de produção nacional. Versões 1.0 turbo e modelos mais potentes devem ficar de fora.

Carros elétricos importados, como os da BYD, também não terão o benefício, já que a fabricação no Brasil é obrigatória para obter o incentivo.

Entre os possíveis beneficiados, destacam-se o Fiat Pulse Hybrid e o Kia Stonic Hybrid, ambos com produção nacional e tecnologias que reduzem emissões e consumo.

Para ter direito ao imposto zerado, o carro precisa seguir quatro regras:

  • Emitir menos de 83 gramas de gás carbônico por quilômetro;
  • Ser feito com mais de 80% de materiais recicláveis;
  • Ser fabricado no Brasil (com etapas como montagem, pintura e produção do motor feitas aqui);
  • Se enquadrar como carro compacto.

O objetivo do governo é incentivar o uso de veículos menos poluentes e mais eficientes, estimular a indústria nacional e facilitar o acesso da população a carros novos, mais seguros e econômicos.

Além disso, o decreto cria uma nova tabela de IPI para os demais veículos vendidos no país. Essa mudança entra em vigor em 90 dias e traz um sistema de “pontuação”: os carros com melhor desempenho ambiental, menor potência, mais segurança e maior índice de reciclabilidade pagarão menos imposto. Já os que poluem mais ou usam gasolina e diesel poderão ter aumento na alíquota.

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