
O presidente Lula ficou bastante irritado com a articulação política do governo após a oposição conquistar a presidência e a relatoria da CPMI do INSS, na quarta-feira (20). Em reunião logo depois da derrota, disse a ministros, como Gleisi Hoffmann, e líderes governistas considerar inadmissível ter seu irmão exposto na comissão.
Logo que assumiu a CPI, a oposição pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal do sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão de Lula e vice-presidente do Sindnapi, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos.
Lula também esteve com o presidente da Câmara, Hugo Motta, fora da agenda. Ouviu que a articulação política governista foi a responsável pela lambança.
Havia um acerto entre o governo e o comando da Câmara e do Senado para que o senador Omar Aziz (PSD-AM) fosse o presidente da CPMI e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) o relator.
Entre terça-feira (19) e quarta-feira (20), a oposição articulou a vitória do senador Carlos Viana (Podemos-MG) para o cargo de presidente da comissão. Ele escolheu o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL). O trabalho da oposição contou um plano baseado nas faltas de parlamentares e certa displicência da base governista.