A indicação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) sinaliza, de forma clara, que o presidente Lula não solta a mão de quem esteve com ele no período da prisão. Dino, como se sabe, sempre esteve com o petista, inclusive pagando alto preço durante o governo Bolsonaro, período em que governou o Maranhão.
Por outro lado, Lula acena ao Supremo ao indicar o seu atual Ministro da Justiça, considerado o nome ideal pela maioria esmagadora da corte. Dessa forma, o petista, após o mal estar da semana passada, afaga à corte em sinal de prestígio.
E, para dizer que não falei das flores, Lula deixa latente aos petistas mais radicais e para a própria esquerda que o adversário não está dentro do governo, mas fora dele e atende pelo nome de Jair Bolsonaro, que mesmo inelegível, ainda é o nome a polarizar, inclusive bancando uma candidatura a enfrentar o governo em 2026.
Esses são, portanto, os três ingredientes que levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ungir Flávio Dino ao STF. Vale, contudo salientar que a escolha terá que ser referendada pelo Senado Federal, que, a preço de hoje, deve confirmar a indicação.
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