O Instituto de Polícia Cinetífica (IPC) concluiu, após quase dois meses, o laudo do caso em que foi morto o universitário Cícero Maximino da Silva Júnior, de 20 anos, baleado por um policial militar durante uma blitz na Avenida João Maurício, em Manaíra, em João Pessoa, no dia 21 de outubro. O laudo apontou que o piloto da moto foi imprudente ao furar o cerco policial e teria tentado jogar o veículo contra policiais militares.
Para concluir o caso, os peritos analisaram as câmeras de segurança e fatores presentes na cena da ocorrência que pudessem influenciar a capacidade visual e auditiva.
De acordo com esses dados, ficou tecnicamente comprovado que a versão apresentada pelo PM era compatível com os fatos e que o policial tinha condições de visualizar e reconhecer se o piloto da moto pôs a mão na cintura para pegar uma arma. Contudo, não pode ser confirmado pelos exames se o piloto portava arma ou não.
A versão do piloto foi declarada tecnicamente incompatível com os fatos analisados pela perícia. O laudo atestou, ainda, que o piloto possuía elementos que o permitiria visualizar e reconhecer os policiais militares, e de ter ouvido o disparo de arma de fogo, contrariando o relato dele de que não viu policial e nem ouviu o tiro.
Na ocasião , a PM afirmou que o piloto da moto não atendeu a ordem de parada e teria jogado o veículo por cima de um policial, que reagiu atirando.
Um dos tiros atingiu Cícero Maximino no pescoço. Ele foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, mas morreu pouco tempo depois. Uma arma que estaria com um dos jovens foi encontrada abandonada.
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