Juíza alega ‘foro íntimo’ e Justiça da Paraíba procura magistrado que aceite analisar e julgar processo contra Ricardo Coutinho

Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba, foi preso em uma das fases da Operação Calvário.

A justiça paraibana já pode pedir música no Fantástico, da Rede Globo, isso após a juíza Ana Carolina Tavares Cantalice, da 6ª Vara Criminal de João Pessoa, também se averbar suspeita de analisar e julgar a denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e mais quatro irmãos do socialista no âmbito da Operação Calvário.

Ana Cantalice é a terceira magistrada a desistir de seguir com o julgamento da acusação. Antes dela, os juízes Shirley Abrantes e Antônio Maroja tinham alegado questões de foro íntimo para não atuarem no processo.

A denúncia contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e seus irmãos Coriolano Coutinho, Valéria Coutinho, Viviane Coutinho e Raquel Coutinho, além de Denise Krummenauer Pahim, Breno Dornelles Pahim Filho e Breno Dornelles Pahim, no âmbito da Operação Calvário, versa sobre os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Segundo a investigação, fruto de uma espécie de consórcio entre as famílias Coutinho e Pahim, algumas empresas teriam sido beneficiadas com gestos benevolentes e contratos ‘gordos’ durante o governo do ex-governador Ricardo Coutinho. Um dos órgãos usados pelas sociedades, segundo os investigadores, foi o Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB). Uma das empresas buscava firmar credenciamento e contratos junto ao órgão (gravames). O ingresso, porém, só era possível mediante o pagamento de propina à organização criminosa ou a atores que teriam participação no esquema.

A Operação Calvário, como se sabe, investiga uma Organização Criminosa que teria sido constituída para drenar recursos públicos para a corrupção. O esquema, segundo as investigações, teria como chefe o ex-governador Ricardo Coutinho e desviado, conforme cálculos divulgados até aqui, quase R$ 400 milhões.

 

 

 

Com informações do MaisPB

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