João Azevêdo desconhece motivos de intervenção, anuncia que não vai a reunião no PSB e deve deflagrar ‘purificação’ no Governo

O governador João Azevêdo (PSB) deve deflagrar a ‘Operação Purificação’, que pretende promover uma faxina nos quadros da administração estadual, deixando apenas os nomes que queiram marchar por inteiro e sem arrodeios sob a sua batuta. Na prática, Azevêdo deve colocar em prática a velha máxima, inclusive presente nas escrituras sagradas, de que não é possível servir a dois senhores, e, para isso, conversará individualmente com os principais auxiliares do governo para aferir a disposição de cada um em seguir na administração apenas sob a sua orientação e de mais ninguém. Hoje, o governador voltou a afirmar que não concorda com a postura do partido em promover intervenção no diretórios e ressaltou que não vai participar da reunião com o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, em Brasília.

Em conversa com a imprensa paraibana, o gestor deixou nas mãos da direção nacional seu futuro no partido. Azevêdo disse que o que está havendo no partido é uma disputa sem necessidade e revelou não conhecer os reais motivos dessa crise, numa clara alusão ao seu antecessor, Ricardo Coutinho.

O núcleo mais próximo de Azevêdo recebeu sial de verde para iniciar o mapeamento de todos os cargos da administração, incluindo as indiretas, autarquias e empresas, a fim de identificar o DNA de cada ocupante e suas respectivas indicações. “O governo terá a identidade e as digitais apenas do governador, e quem não quiser terá que sair”, admitiu um integrante do chamado núcleo duro do governador ao Tá na Área.

De acordo com a fonte, o mapeamento estratégico dos cargos já vinha sendo feito muito antes da ‘guerra fria’ entre João e Ricardo, “até como forma de precaução do governador”. “O governo tem um comandante e esse é João Azevêdo, daí a necessidade de dar uma identidade com a cara o jeito do governador, que é um homem de diálogo e que tem sensibilidade”, confidenciou.

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