João Azavêdo sai do ‘muro’ e defende que Reforma da Previdência inclua estados e municípios

O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), resolveu sair do ‘muro’ e apesar de criticar alguns pontos da proposta da nova Previdência apresentada pelo governo federal, a exemplo do texto que trata dos benefícios dos trabalhadores rurais, defendeu a manutenção dos estados na reforma, que será votada no Congresso. Esta semana, em artigo intitulado ‘E aí, João Azevedo, vai resolver ou não a Previdência’, o jornalista Ivandro Oliveira cobrou um posicionamento do socialista.

Ontem, em São Paulo, foi a vez do governador João Doria Júnior, do PSDB, cobrar responsabilidade de governadores, prefeitos e parlamentares que advogam a tese de exclusão dos estados. “A eventual possibilidade de excluir estados e municípios seria um desastre para o país. Uma atitude mesquinha, uma atitude personalista, eleitoral, que não atende os interesses dos cidadãos que vivem nos municípios, e nem tampouco de prefeitos, prefeitas e governadores que tem responsabilidade. Não há hipótese de você viabilizar a reforma da previdência no âmbito municipal e estadual, ela deve estar vinculada à reforma da previdência que é nacional, que, aliás, é o projeto original do governo. E assim deve ser”, defendeu Doria.

Para João Azevedo, “os Estados precisam estar na reforma, caso contrário teremos uma previdência diferente para cada estado, isso não pode ser possível. Acho que é preciso manter estados até porque poucas alterações processarão nos estados, a grande maioria tomou providências com relação a suas próprias previdências internas”, disse ao MaisPB nesta quinta-feira (6).

Segundo a previsão do Ministério da Economia, a reforma da Previdência, se aprovada, resultará numa economia de R$ 4,83 bilhões no cofre do Governo da Paraíba em até dez anos. O governador João Azevêdo, porém, reforçou as contestações a alguns pontos da reforma.

“A reforma precisa ser vista de uma forma muito mais ampla. Não é só o que vai acontecer no futuro, temos que ter uma visão do deficit atual. A reforma que está proposta não trata do deficit atual. Isso nos preocupa. Da forma que está posta é claro que, daqui a 10 anos, vai começar a ter um efeito. Alguns pontos, entretanto, são inegociáveis, como a retirada do regime de capitalização e a forma de tratar o trabalhador rural igual ao trabalhador urbano”.

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