O presidente da Câmara, o paraibano Hugo Motta (Republicanos), está cada vez mais isolado. Depois de entrar em crises consecutivas com os partidos da base do governo, da oposição e do Centrão, agora Motta tem sido criticado pelo seu padrinho político e antecessor, Arthur Lira (PP-AL). A aliados, Lira afirmou que Motta “está perdido”, que foi “humilhado por Glauber [Braga (PSOL-RJ)]” e que não recebeu solidariedade de parlamentares durante a sessão.
O deputado fluminense, acusado de agredir um militante do MBL dentro do Plenário, chegou a ocupar a cadeira de Motta para obstruir a sessão que votaria sua cassação, foi retirado à força pela Polícia Legislativa e, no fim, sofreu apenas uma suspensão por seis meses.
Segundo interlocutores, Lira criticou especialmente a decisão de Motta de pautar, sem acordo prévio, as representações contra Glauber e Carla Zambelli (PL-SP).
Acuado depois de um ano de intensas crises e polêmicas e sem conseguir mostrar a liderança necessária para comandar a Câmara, Motta tenta agora sair dos holofotes.
A aliados ele disse estar “cansado de ser refém das polêmicas” que se acumulam tanto da esquerda quanto da direita e declarou intenção de “zerar a pauta” de temas ruidosos.




