Deputados federais da Paraíba estão confiantes que os colegas de parlamento estarão presentes na sessão ordinária desta segunda-feira (8) na Câmara para a leitura do relatório do Conselho de Ética que pede pela cassação do mandato o ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-PB).
Apesar da tentativa de esvaziamento do plenário comandada pelo PR para retardar ainda mais o processo, deputados paraibanos acreditam que pelo menos o quórum necessário será atingido para que haja sessão e a leitura possa ser feita. Para que a sessão ocorra é preciso que compareçam pelo menos 257 deputados.
O deputado Efraim Filho (DEM) destacou a importância de “virar essa página” contra a corrupção. “Eu estou aqui e vou participar. Eu acho que é importante virar essa página. O Conselho de Ética trouxe prova robustas contra o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Acho que é irreversível a situação dele. A luta contra corrupção tem continuar independente dos nomes”, disse.
O deputado Wilson Filho (PTB) também confirmou presença na sessão desta segunda-feira e relembrou que já antecipou que votará pela cassação do peemedebista. “Eu particularmente estou aqui. Estou em reunião particular e daqui irei para a Câmara. Acho que é muito difícil o plenário votar diferente do que apontou o Conselho de Ética”, declarou.
O deputado Rômulo Gouveia também apostou que acontecerá normalmente a sessão hoje, mas ressaltou afirmou que na segunda-feira é costumeiro os parlamentares faltarem. “Independente de Eduardo Cunha, de qualquer coisa, a segunda-feira não é um dia ideal, mas pode começar na segunda e terminar na terça-feira. Eu já estou embarcando para Brasília e a expectativa era que a gente votasse logo hoje e pudesse já votar isso logo”, disse.
De acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a leitura da decisão do Conselho de Ética deve acontecer no plenário hoje. Com isso, passará a contar o prazo de duas sessões ordinárias, de debates ou votações, para que o processo seja incluído na pauta de votação. Porém, a data de votação só deverá ser definida após reunião do presidente da Câmara com os líderes dos partidos, prevista para a tarde desta segunda.
Cunha é acusado de ter mentido sobre a existência de contas na Suíça em depoimento na CPI da Petrobras. O peemedebista, que renunciou à presidência da Câmara no mês passado, responde por quebra de decoro parlamentar. Ele nega e diz apenas ser o beneficiário de bens geridos por trustes no exterior, que são empresas jurídicas que administram fundos.
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