O deputado estadual Ricardo Barbosa, que ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba para denunciar que servidores estariam sofrendo pressão e assédio moral para que se posicionassem politicamente a favor de candidatos indicados pelo partido do governador, o PSB, curiosamente a mesma legenda do parlamentar, lançou uma nota há pouco, na tentativa de colocar panos quentes diante da repercussão, mas terminou de expor um suposto esquema de toma lá, dá cá nas hostes governistas, e pior, às vésperas das eleições deste ano.
Tudo começou com o pronunciamento do parlamentar socialista na AL, que não economizou nas palavras e mandou ver: “eu fui, deputada Daniella Ribeiro, aconselhado por alguns deputados amigos e vou atender a esses apelos. Não declinarei dessa tribuna no dia de hoje a minha mágoa, o meu descontentamento, o meu dissabor com práticas absolutamente reprováveis, coronelistas, discricionárias, inaceitável sob todo e qualquer aspecto.”
Em nota, já no inicio da tarde, Ricardo Barbosa esclarece que “o pronunciamento que fez, hoje pela manhã, da tribuna da Assembleia Legislativa, combatendo pressões contra servidores estaduais para que se manifestem em favor de determinados candidatos a deputado estadual” e, sem qualquer cerimônia, emendou: “o que me motivou foi, na verdade, o afastamento de Samara Furtado do cargo de diretora do Hospital de Traumatologia e Ortopedia da Paraíba, o Htop, por suas ligações e apoio à minha candidatura, o que considero inadmissível”.
Para Barbosa, “todo e qualquer candidato da base aliada do governador Ricardo Coutinho deve ser tratado de forma isonômica, sem que alguns servidores com cargos de comando imponham suas preferências aos subordinados”.
Na nota não é possível saber que tratamento isonômico seria esse cobrado por Barbosa. Ou melhor, até se sabe agora, embora não tenha dito literalmente.
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