Ciro vai mudar discurso para tentar aproximação com elite financeira do país

Foto: Fco Fontenele/O POVO)
FORTALEZA, CE, BRASIL, 24-03-2017: Ciro Gomes, candidato a presidente da República em 2018, pelo Partido Democrático Trabalhista – PDT. Páginas Azuis – Entrevista com Ciro Ferreira Gomes. (Foto: Fco Fontenele/O POVO)

Há quase 16 anos, o então candidato à Presidência da República pelo PPS, Ciro Gomes, divulgou nota oficial para explicar uma frase dita em um jantar com 30 empresários na casa do amigo Ricardo Steinbruch, do Grupo Vicunha: “O mercado que se lixe”. Naquele mesmo ano, em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pavimentou o caminho para o Palácio do Planalto e acalmou o mesmo mercado com a Carta ao Povo Brasileiro, na qual se comprometia a “cumprir contratos” e manter a diretriz econômica em vigor.

Em 2018, o petista – condenado e preso na Lava Jato – e o ex-governador do Ceará, agora no PDT, novamente se apresentam para a corrida presidencial. Mas Ciro é o único que tem se dedicado a construir pontes com a elite financeira do País.

O ex-governador, que foi ministro da Fazenda de Itamar Franco, tem feito um esforço explícito para afastar a imagem de imprevisível e explosivo e ser bem recebido em círculos identificados com o pensamento econômico liberal.

“O Ciro está mais aberto a escutar e menos voluntarioso”, diz o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. Os dois concordaram na necessidade da promover uma reforma da Previdência e o ajuste fiscal – mas não tocaram em um ponto nevrálgico: a reforma trabalhista. (Agência Estado)

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