O advogado Aluízio Régis Filho, que advoga para os pais de Bruno Ernesto, assassinado em 2012, cobrou explicações do governo em relação ao fato de que a arma e as munições utilizadas no crime eram de propriedade do Estado. Em respaldo à advogada Laura Berquó, por suas denúncias da tribuna da Assembleia, na última quinta-feira (dia 9), em que acusou diretamente o ex-governador Ricardo Coutinho e a deputada Estela Bezerra de envolvimento no assassinato de Bruno Ernesto, Aluízio Régis Filho argumentou que “sem uma clara explicação sobre este fato… não se pode descartar o envolvimento de qualquer autoridade envolvida com o rumoroso caso de desvio de recursos do processo do Jampa Digital, e que frequentavam tanto a granja Santana como o Palácio da Redenção.”
O advogado, procurado pelo Tá na Área, revelou que pretende pedir a federalização do caso diante dos últimos acontecimentos. “Estaremos peticionando neste sentido”, adiantou ao acrescentar que também recorrerá ao ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública)
CONFIRA A ÍNTEGRA DO TEXTO…
As balas adquiridas pela Secretaria de Administração Penitenciaria foram comprovadamente usadas no homicídio do jovem Bruno Ernesto do Rego Moraes. Isso é fato comprovado, de forma que não há como se dissipar a suspeita de envolvimento de altas autoridades governamentais no seu homicídio. Esclarecer como essas balas, que deveriam proteger vidas, foram usadas nesta trágica execução, e tarefa que cabe primordialmente às autoridades competentes.
Sem uma clara explicação sobre este fato, embora não se possa fazer um juízo de valor preciso sobre a autoria intelectual da execução em questão, também não se pode descartar o envolvimento de qualquer autoridade envolvida com o rumoroso caso de desvio de recursos do processo do Jampa Digital, e que frequentavam tanto a granja Santana como o Palácio da Redenção. Nem mesmo as citadas pela advogada Laura Berquó, na tribuna da Assembleia. Costumo me manifestar nos autos, ao qual ainda não tive acesso, sobre os processos em atuo, na serenidade do ambiente judicial.
Uma explicação convincente por partir dos citados, que não aconteceu até agora, talvez levassem a mim e a família a outra compreensão sobre o fato delituoso. O proposital silencio sobre este grave fato não contribui para o esclarecimento da verdade sobre este triste episódio. Não tenho qualquer receio de modificar minha compreensão, nem a família, ante explicações.
Mas as informações, e, principalmente, a falta delas, sobre detalhes importantes do processo nos levam a conclusões muito próximas a aquelas feitas da tribuna da assembleia pela advogada Laura Berquó. Acreditamos na forca do direito, e não no direito da forca, e não nos deixaremos intimidar por arroubos midiáticos ou processos judiciais de quem quer que seja.
Mas nos curvaremos respeitosamente as explicações técnicas dos citados que nos levem a conclusão diversa. Daí a pergunta que fica, aos citados, e as autoridades competentes: sabendo-se da origem das balas e ante a falta de explicações dos citados sobre este grave fato, pode-se chegar a qual conclusão logica? Aguardamos, com calma e prudência, as referidas explicações, que enormemente ajudarão a esclarecer a verdade. Seguimos solenemente acreditando nos homens e mulheres que fazem a justiça na Paraíba, porque, como toda divindade, a justiça somente aparece para quem nela crê.
Com informações do blog do jornalista Helder Moura
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