AnisioNa manhã desta terça-feira, 23, o deputado estadual Anísio Maia (PT) criticou a decisão do presidente interino Michel Temer que, na semana de início das campanhas eleitorais nos municípios, retirou dos governadores do Nordeste o comando das ações contra os efeitos da seca, após a edição da Medida Provisória 743 que abriu crédito extraordinário de R$ 789,9 milhões para o Ministério a Integração.
Anísio Maia ressaltou que havia uma relação institucional entre Estados nordestinos e a União, rompida unilateralmente para atender aos interesses políticos do PMDB. “É a volta dos coronéis. Mudar de uma hora para a outra toda gestão das ações em curso é uma manobra política para agradar aliados. É o PMDB ressuscitando a indústria da seca tão combatida no passado.”
As ações passarão a ser concentradas no Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), sob o argumento de que o órgão tem anos de experiência e especialização na execução de obras emergenciais. “Só tem coragem de usar este argumento quem não sabe do que está falando. O DNOCS é um órgão sucateado sem a menor condição de executar as obras. Atualmente tem cerca de 1500 servidores, dos quais 1.100 já alcançaram o direito à aposentadoria e os 400 restantes alcançarão este ano, ” afirmou Anísio Maia.
Na Paraíba, o DNOCS é dirigido por um aliado do senador José Maranhão (PMDB) que, segundo Anísio Maia, decidirá sobre a execução das ações órgão. “Maranhão pode agora ser coroado como o rei das secas. As verbas serão aplicadas seguindo seus critérios. Não faltará gente querendo beijar sua mão. Política mais atrasa que esta, impossível”, concluiu.
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