Três bolivianos foram presos pela Polícia Federal (PF) tentando embarcar de forma ilegal para a Europa, no Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul da capital. Segundo a corporação, nos três casos havia indícios de falsificação nos passaportes dos viajantes.
A primeira prisão foi de uma mulher, na madrugada do sábado (1º). Um dia depois, no domingo (2), outras duas pessoas também foram detidas em situação bastante semelhante, de acordo com a PF.
No primeiro caso, a mulher tentava embarcar para a Espanha com um passaporte espanhol com indícios de falsificação. Funcionários da companhia aérea constataram que o carimbo que estava no documento de viagem não era original.
Por isso, ela foi detida e levada para uma sala reservada da PF no aeroporto. A mulher informou que possui dupla nacionalidade e que os filhos ainda moram na Espanha.
Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre fica no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital pernambucana — Foto: Hesíodo Góes/Divulgação
Ela também foi flagrada com outro documento de identidade escondido no sapato. Ao ser questionada, ela afirmou que o documento era de uma irmã dela.
“A Adidância da Polícia Federal em Madri fez contato com a Polícia Nacional da Espanha e confirmou que os dados no sistema de passaportes são autênticos, porém as digitais não coincidem com a pessoa que se apresentou para embarque”, afirmou a PF, por meio de nota.
Os três bolivianos detidos foram indiciados pelo crime de falsidade ideológica e foram liberados em audiência de custódia, para responder pelo delito em liberdade.
Segundo a delegada da PF Luciana Martorelli de Carvalho, tudo aponta para que sejam casos de impostores. Ou seja, pessoas portando documentos válidos, mas que não são as titulares desses documentos.
Ela disse que essas pessoas tentaram se passar pelos titulares verdadeiros dos documentos durante o processo de saída do Brasil.
A delegada afirmou, ainda, que a dificuldade crescente de falsificação dos passaportes provocou o aumento do número de impostores.
“Como o passaporte é um documento seguro e muito difícil e caro de se falsificar, é mais barato utilizar um passaporte verdadeiro, mas que a pessoa não é a titular, do que falsificar uma caderneta de passaporte”, afirmou.
Ainda segundo a delegada Luciana Martorelli de Carvalho, o passaporte brasileiro tem mais de 30 itens de segurança, difíceis de falsificar.
Para a policial, é muito possível que haja uma organização criminosa por trás dessa operação, tendo em vista a recorrência da utilização de passaportes da mesma nacionalidade e pelo fato de que os três presos também são de mesma nacionalidade.
“Tudo indica que há por trás desses fatos uma organização criminosa dedicada ao contrabando de migrantes a promover a imigração ilegal”, declarou.
G1PE
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