Comandante da PM da Paraíba classifica ações de facções criminosas como “terrorismo” e defende penas mais duras

O comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Sérgio Fonseca, classificou as ações de facções criminosas no Estado como terrorismo. Em entrevista concedida nesta quinta-feira (23) à rádio 100.5 FM, o oficial destacou que a corporação tem intensificado as ações de combate à criminalidade, especialmente na Região Metropolitana de João Pessoa, com foco em municípios como Bayeux.

Segundo o coronel, o reforço de efetivo com novos recrutas, aliado ao aumento de viaturas e à realização de check points (blitzes), tem produzido resultados significativos. “Quem anda nas ruas já deve ter percebido o maior número de viaturas, o maior número de check points, e isso tem sido muito importante. Só neste último final de semana, os novos policiais apreenderam quatro armas de fogo em cerca de 48 horas, apenas nessas blitzes. É um reforço essencial”, afirmou.

Fonseca também elogiou o trabalho das forças especializadas, como o Batalhão de Choque, a Rotam e outras unidades que atuam em Bayeux, sob a coordenação do major Moreira. “As prisões têm acontecido, inclusive recentemente com apreensão de armas e veículos roubados, mas infelizmente alguns meliantes acabam sendo soltos. São lacunas que precisam ser debatidas em todo o sistema”, observou.

Ao tratar das ações das facções, o comandante foi categórico ao afirmar que as práticas criminosas ultrapassam o limite da violência urbana comum. “Facções que tentam dominar territórios, expulsar moradores, fazer ameaças e até atirar em residências. Isso é, na minha opinião, terrorismo. Essas ações precisam ser debatidas para que os envolvidos recebam penas mais duras”, declarou.

O coronel ressaltou ainda que a introdução e circulação de drogas têm intensificado o poder financeiro das facções e ampliado seu domínio territorial, o que exige respostas mais efetivas do Estado. “Só com uma atuação integrada e o apoio das instituições será possível proteger a população de bem e garantir a ordem em locais vulneráveis”, concluiu Sérgio Fonseca.

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