A terceira fase da pandemia do novo coronavírus na Paraíba vem chamando a atenção de autoridades e profissionais que atuam na linha de frente dos hospitais de referência da doença em razão da gravidade dos seus efeitos e o tempo de internação dos pacientes que necessitam de uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Além disso, outro fator até então não observado nas duas fases anteriores, é que agora a fase mais grave da doença atinge pessoas mais jovens e sem qualquer comorbidade aparente.
Em entrevista à rádio CBN, o médico paraibano Ciro Leite Mendes, presidente da Associação de Medicina Intensiva do Brasil (AMIB) e considerado um dos mais respeitados profissionais da área, disse que o cenário atual da pandemia é preocupante e que essa já é, sem dúvidas, a pior fase vivida pelos profissionais de saúde, com o vírus produzindo efeitos muito mais letais que nas duas primeiras fases. “Temos acompanhado uma situação preocupante, com hospitais lotados, UTIs sobrecarregadas e os pacientes apresentando sintomas mais complexos, a exigir um tempo muito maior de internação”, advertiu.
Um levantamento prévio feito redação do Tá na Área mostra que, em média, a ocupação de leitos de UTI de hospitais públicos e privados destinados ao tratamento da Covid-19 já está em 80%. O receio é que a Paraíba reproduza situação similar a registrada por outros estados nos próximos, com a ausência de espaços para receber uma nova leva de pacientes do pós-carnaval.
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