Polêmica da água em Sousa: Vereadora Bruna Veras diz que voto em projeto do Executivo foi em favor da população

Depois de votar contra um projeto oriundo do Executivo disciplinando cobranças de débitos junto ao DAESA, que é o órgão municipal responsável pelos serviços de água e esgoto, e ver sua posição se transformar em motivo de discussão política, a vereadora Bruna Veras explicou que seu ato tem como motivação apenas a razão de seu mandato, que é o compromisso de defender a população sousense, especialmente as camadas mais humildes.

Segundo a vereadora, haviam dois projetos do Executivo relacionados aos serviços de água e esgoto na cidade, que são municipalizados. Ela votou a favor de um deles e contra o outro, porque entendeu que, da forma como alguns itens estavam redigidos, poderiam criar dificuldades e penalizar a população.

O dispositivo da discordância era o que autorizava o DAESA a executar os devedores do serviço sem, no entanto, fazer referências aos débitos antigos.
“Não sou contra a cobrança. O problema é que um grande contingente da população de Sousa tem dívidas antigas sem qualquer ação de cobrança do órgão e o projeto de lei não se reportava a essas dívidas. Não dizia se haveria anistia ou se parcelamento. Da forma como estava, poderia haver uma execução imediata, o que criaria muitos problemas para a população”, explicou.

Bruna Veras lembrou que, em larga medida, a população de Sousa não deu causa aos débitos antigos para com o DAESA, já que o próprio órgão, em administrações passadas, relaxou na cobrança.

“Acho que é preciso haver a compreensão de que, de repente, o cidadão ou a cidadã sousense se depare com a cobrança de débitos antigos sem qualquer aviso. Entendo que era necessário que a lei estabelecesse critérios claros para solução dos dívidas antigas, o que não existia. Essa foi a razão do meu voto: defender os mais pobres, pedir razoabilidade nas ações do poder público”, reforçou.

Para a vereadora Bruna Veras, é lamentável que um voto consciente, com justificativa plausível, não seja compreendido, e seja usado como motivo de especulação política. “Faço política pensando na população. Tenho consciência do acerto de minha posição é espero que ela seja respeitada com a maturidade que o fazer política exige boa dias de hoje”, concluiu.

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