Inclusão com o coração em João Pessoa; por Ivandro Oliveira

Foto? Kçeide Teixeira

A verdadeira revolução na educação acontece quando o foco deixa de ser apenas o conteúdo e passa a ser o ser humano. Em João Pessoa, esse olhar sensível ganhou força com a implantação do programa Educador Social Voluntário, uma iniciativa da Prefeitura que se tornou símbolo de inclusão, afeto e transformação. Idealizado ainda no primeiro mandato do prefeito Cícero Lucena, o programa é mais que uma política pública: é um marco civilizatório.

Em tempos em que a palavra “inclusão” muitas vezes se resume a discursos vazios, João Pessoa vai na contramão e aposta numa prática concreta, que transforma escolas em verdadeiros espaços de convivência, empatia e acolhimento. A decisão de Cícero Lucena de priorizar esse programa no início de sua gestão demonstra visão de futuro e responsabilidade social. Afinal, educação infantil inclusiva é a base de uma sociedade mais justa, plural e solidária.

O programa, executado pela Secretaria de Educação e Cultura (Sedec-JP), integra profissionais que atuam lado a lado com as equipes pedagógicas das escolas da rede municipal. Esses educadores sociais são muito mais do que apoios: são pontes entre os alunos com deficiência e a aprendizagem, mediadores entre o desafio e a superação. Eles atuam estimulando o cognitivo, a fala e a interação social, sempre com um olhar atento e afetuoso.

Relatos como o da diretora Edizelda Rodrigues, que vê nesses profissionais verdadeiros “anjos da guarda”, ou da educadora Cleone Melo, que destaca a importância do amor no trabalho diário, revelam a alma do programa: acolhimento com profissionalismo e humanidade. O resultado é visível — alunos mais autônomos, famílias acolhidas e comunidades mais conscientes sobre o valor da diversidade.

Os números e os avanços talvez não sejam exibidos em rankings nacionais, mas são sentidos no cotidiano de cada criança que hoje se comunica melhor, interage mais ou consegue seguir uma rotina com autonomia. São conquistas silenciosas, mas de valor imensurável. E, mais do que isso, são conquistas coletivas: da família, da escola, dos educadores sociais, da gestão pública e da sociedade.

Ao garantir que nenhuma criança fique para trás, João Pessoa envia um recado claro: educação de qualidade é, necessariamente, educação inclusiva. E não se trata apenas de acesso à escola, mas de permanência, desenvolvimento e protagonismo.

O programa também rompe preconceitos históricos. A convivência diária entre crianças típicas e atípicas forma novas gerações mais empáticas, solidárias e respeitosas. Como bem disse a educadora Magali Mendes, “o adulto é que tem preconceito, a criança não”. E é justamente aí que mora a esperança: na convivência espontânea, no brincar conjunto, no cuidado mútuo.

Se hoje João Pessoa é referência em inclusão escolar, muito se deve à coragem de investir em políticas estruturantes, como essa. E a cidade colhe os frutos: famílias satisfeitas, crianças se desenvolvendo e um futuro mais igualitário sendo construído desde a base.

O Educador Social Voluntário não é apenas um agente de apoio. É o retrato de uma educação que acredita nas pessoas e em seu potencial. É a personificação de um poder público que escuta, acolhe e transforma.

Por isso, o reconhecimento é necessário. À frente dessa mudança está o prefeito Cícero Lucena, que teve a sensibilidade de apostar em um projeto que valoriza a vida, a dignidade e o direito de cada criança a aprender e a ser feliz. E ao lado dele, uma rede inteira de profissionais que, com competência e carinho, fazem da escola um espaço onde todos têm vez, voz e valor.

Porque inclusão de verdade não é favor. É dever. E em João Pessoa, ela está sendo feita com coração, com método e com resultados.

Foto? Kçeide Teixeira

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