A França jogou na terça; a Croácia, na quarta. A França resolveu todos seus jogos de mata-mata no tempo normal; a Croácia, todos na prorrogação – acrescida de pênaltis contra Dinamarca, nas oitavas de final, e Rússia, nas quartas. A matemática avisa: domingo, em Moscou, a final da Copa do Mundo terá uma equipe mais desgastada do que a outra.
Os franceses têm vantagem. Além de não enfrentar prorrogações, além de ter um dia a mais de descanso, eles puderam poupar seis titulares na terceira rodada da fase de grupos – já estavam classificados.
Aos croatas, restou o desgaste, físico e mental, de encarar prorrogações sequenciais. Só na última, contra a Inglaterra, eles conseguiram evitar os pênaltis – graças ao gol de Mandzukic, aos 2 minutos do segundo tempo do período extra, que ainda teve cinco minutos de acréscimos. O próprio atacante, exausto, se arrastava em campo nos instantes finais na partida.
As prorrogações tiveram impacto na distância percorrida pelas duas seleções até a final na Copa. Somados todos os jogadores em todas as partidas do Mundial, os croatas correram 112km a mais. Na primeira fase, os franceses haviam percorrido 4km a mais que os futuros rivais.
– Nós tivemos três prorrogações. É culpa nossa não termos resolvido os jogos antes. Vamos estar prontos para a França. Alguém disse que nós nos preparamos apenas para a fase de grupos, o que está errado. Nos preparamos para estar aqui. A França tem um dia a mais de descanso, mas isso não é desculpa. Vamos jogar contra a França como se fosse o primeiro jogo da Copa. Não vamos dar desculpas – disse o técnico Zlatko Dalic.
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