O Cruzeiro lavou a alma no Campeonato Brasileiro. Depois de 11 jogos, o time voltou a vencer. E o triunfo por 2 a 0 sobre o Santos, no Mineirão, que tirou o time da zona de rebaixamento, demonstrou, na prática, um discurso já adotado por Rogério Ceni: o técnico gosta de um time intenso e ofensivo. O início de evolução coletiva ajudou, também, alguns jogadores a se destacarem individualmente.
Rogério Ceni já disse várias vezes ao longo da curta carreira como treinador que gosta que seus times joguem ofensivamente. Na chegada ao Cruzeiro, reforçou esse discurso. E, logo na estreia, que foi diante do líder do Brasileirão, ele demonstrou isso na prática. O treinador soube aproveitar a superioridade numérica que teve desde os 6 minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Gustavo Henrique foi expulso, para conseguir uma vitória tranquila.
Com a exclusão do santista, o Cruzeiro foi para cima, jogando o tempo praticamente todo no campo de ataque. Aos 22 do primeiro tempo, Ceni colocou Fred na vaga de Egídio, deslocando Dodô para a lateral e passando a jogar com apenas um volante de ofício. A pressão aumentou, e o camisa 9 abriu o placar aos 43. A primeira etapa acabou com 11 finalizações da Raposa, contra apenas uma do Peixe. A posse de bola dos donos da casa foi de 57,9%.
O Cruzeiro adotou a mesma postura no segundo tempo, e Thiago Neves marcou o segundo gol logo no primeiro minuto. David, Orejuela e Pedro Rocha criaram chances claríssimas e poderiam, antes da metade do segundo tempo, ter matado o jogo. Fred ainda teve um arremate salvo por Jorge, em cima da linha, aos 36 minutos. A partida terminou com 20 finalizações do Cruzeiro e apenas três do Santos, que não ofereceu perigo ao gol de Fábio em momento nenhum da segunda etapa.
A atuação do Cruzeiro enquanto equipe potencializou alguns destaques individuais. Fred e Thiago Neves fizeram, cada um, um gol e uma assistência. Os dois eram dos mais criticados no fim da “era Mano”. O centroavante, por exemplo, não marcava um gol havia 16 partidas. Dodô, que começou o jogo improvisado como volante e terminou na lateral, função de origem, também foi bem.
O tempo ainda é curto para analisar Rogério Ceni, mas é fato que o time demonstrou um início de evolução com o treinador, que iniciou o trabalho na Toca da Raposa na última terça-feira. Os dois próximos jogos, contra CSA (em Alagoas) e Vasco (no Mineirão) são importantes para o Cruzeiro tentar afirmar um início de reação contra o risco de queda à Série B, já que os dois adversários estão na parte de baixo da tabela.
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