Jonathan Calleri não deverá voltar ao São Paulo nesta janela de transferências internacionais. O atacante citou o dinheiro gasto pelos investidores que o colocaram no Deportivo Maldonado, do Uruguai, (12 milhões de dólares, na cotação de hoje cerca de R$ 47 milhões) e disse que a ideia é continuar na Europa, em entrevista ao “Lance!”.
– O grupo empresário que investiu tanto dinheiro em mim quer recuperá-lo e a única maneira é que eu jogue na Europa e me vendam. Não é a melhor situação a que eu estou, mas foi graças a eles que joguei no São Paulo. Se não fossem eles, creio que nunca teria ido. O São Paulo não se interessou por mim quando eu estava jogando no Boca. Como eu não tinha o passaporte comunitário, me ofereceram aí e disseram que sim. Foi graças a eles que joguei no São Paulo e aí se formou essa grande relação – disse Calleri.
– Como sempre digo, sempre vai ser primeiro o São Paulo. Mas se o clube não está interessado em investir para me comprar é muito, muito difícil. Por isso quero falar, porque dizem “Calleri não quer vir”, “Calleri recusa o São Paulo”. Creio que isso me prejudica, porque torcedores me escrevem e dizem que não quero ir. Isso é mentira. Eu amo o São Paulo, sou grato ao clube e creio que deixei a porta aberta para voltar. Não gosto que digam mentiras, como andam dizendo que eu sempre recuso o São Paulo.
Depois de sair do São Paulo, Calleri passou por West Ham (Inglaterra), Las Palmas e Alavés (Espanha). Agora, seu desejo é ser comprado por um novo clube.
– Estou aberto a escutar ofertas. Não sei onde vou estar no próximo semestre. Creio que, no geral, fiz uma boa temporada no Alavés. O primeiro turno foi o melhor da história do clube. No segundo não fomos tão bem e não pudemos nos classificar à Europa League. Joguei todas as partidas, creio que fui importante para a equipe e estou muito contente aqui. Espero que alguma equipe se interesse em mim e me compre. É o que eu quero, para me estabilizar em alguma cidade por três ou quatro anos seguidos – disse.
– Minha ideia agora não é voltar para a Argentina. É ficar aqui na Europa, que algum clube me compre. Minha ideia é esperar o mercado de transferências, tratar de desfrutar as férias e esperar se algum clube está interessado em me comprar. Essa é a situação por hoje.
Calleri também reiterou sua prioridade ao São Paulo no futebol brasileiro e disse manter contato com o gerente executivo de futebol Alexandre Pássaro.
– Minha gratidão com o São Paulo é dizer “não” a todos os clubes brasileiros que venham perguntar por mim, seja Palmeiras, Flamengo, Inter… Eu valorizo muito o que o São Paulo fez por mim, e minha gratidão por eles é sempre dizer que primeiro está o São Paulo. Mas desde que eu saí não houve nenhuma aproximação. Creio que uma vez perguntaram, seis meses depois de ir, mas depois nunca mais. Falam coisas ruins no Twitter, alguns repórteres dizem algo sobre mim, mas realmente nunca houve a intenção do São Paulo de investir em mim, realmente é isso. O São Paulo só conseguiria por empréstimo, realmente nunca houve um pedido de compra ou algo que interessasse ao grupo de empresários .
Em seis meses pelo São Paulo, em 2016, Calleri fez 16 gols em 31 jogos e teve a música da torcida são-paulina “toca no Calleri que é gol” como marca registrada. O vídeo com o grito viraliza sempre que o nome do atacante é cotado para retornar ao São Paulo. Mas neste momento não há nenhuma perspectiva da contratação.
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