Advogada pede indiciamento de CBF e Flamengo por incêndio; negociações estão travadas

A segunda-feira que marca o quinto mês do incêndio no Ninho do Urubu dá início a uma semana que promete apresentar fatos novos nas conversas por indenizações pelas vítimas fatais da tragédia. Com três acordos assinados, o Flamengo tem negociações travadas com oito famílias, e os representantes de Rykelmo projetam entrar na Justiça contra o clube e a CBF.

Advogada da mãe do ex-volante, que morreu aos 16 anos, Gislaine Nunes garante que dará entrada nos próximos dias na Justiça contra o Flamengo e seu presidente, Rodolfo Landim, por dolo eventual no incêndio. Na ação, que pede indiciamento de ambos, ela cita ainda o órgão máximo do futebol brasileiro como solidário ao clube no polo passivo:

– É lógico que a CBF é solidária. Ela não certifica que o clube é formador? Pela Lei Pelé, para certificar que um clube é formador, ele tem que respeitar e cumprir vários requisitos. Para dar um certificado nesta envergadura, tem que ter absoluta clareza. O mínimo seria fazer uma fiscalização sobre estes clubes. Estou colocando no polo passivo dizendo que ela é solidária no dolo eventual. Se vai ou não ser chamada, é critério do juiz.

Certificado de clube formador do Flamengo, com validade de dois anos  — Foto: Divulgação / Flamengo
O certificado citado pela advogada é um documento que trata os clubes que cumprem suas exigências como “especializados na formação de jogadores”. O Flamengo, por sua vez, não faz mais parte da relação no site da CBF, uma vez que teve o período de dois anos de validade expirado já após o incêndio no CT.

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