O ex-governador Ricardo Coutinho resolveu adotar uma nova estratégia jurídica, agora não mais questionando o mérito pelos quais figura apontado como chefe de uma Organização Criminosa (Orcrim) que drenou recursos públicos para corrupção, mas questionando somente os aspectos formais das decisões. Coutinho pediu ao Supremo Tribunal Federal que suspenda todos os processos judiciais oriundos de delações de seus ex-auxiliares Livânia Farias e Ivan Burity, e apresentou uma reclamação contra o desembargador Ricardo Vital, relator da Operação Calvário junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba, para quem a defesa quer que o ministro Gilmar Mendes, relator da matéria, declare o magistrado paraibano suspeito.
O desembargador determinou, em fevereiro de 2020, várias medidas cautelares, dentre elas o uso de tornozeleiras eletrônica, suplementando outras medidas determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça.
O processo, objeto da reclamação de Ricardo Coutinho, trata de ações decorrentes da Calvário, que, de acordo com as investigações do Gaeco, apontaram o ex-governador como cabeça de uma organização social.
Em decisões anteriores, os tribunais superiores negaram pedidos de advogados de Ricardo Coutinho e Coriolano Coutinho, para retirar os processos do Tribunal de Justiça e levar para o STJ.
Ainda de acordo com a força-tarefa, a organização social chegou a desviar mais de R$ 134 milhões de recursos da Educação e da Saúde, através de conluio com organizações sociais, que terceirizaram hospitais, unidades de saúde e escolas da rede estadual de ensino.
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