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Dieta vegana é mais saudável que comer carnes e laticínios?

Os gêmeos idênticos Hugo e Ross Turner são atletas de aventura. O que aconteceu com eles quando um se tornou vegano e o outro continuou a consumir alimentos de origem animal?

9 de dezembro de 2021
Dieta vegana é mais saudável que comer carnes e laticínios?

Fotografia: Divulgação

Nos últimos 10 anos, os gêmeos idênticos Hugo e Ross Turner são atletas de esportes de aventura.

“Uma grande parte do nosso trabalho é preparar o corpo. Como nós somos gêmeos idênticos, podemos comparar diferentes estratégias ou regimes e entender o que pode funcionar melhor para nós”, diz Hugo.

Foi com essa ideia em mente que os irmãos decidiram experimentar qual tipo de dieta é melhor ou pior para eles: será que não consumir nenhum alimento de origem animal poderia fazer alguma diferença no desempenho?

Eles inclusive já participaram de diversos estudos feitos por uma equipe de especialistas do Departamento de Pesquisas sobre Gêmeos da Universidade King’s College London, no Reino Unido.

“Nós queremos usar o modelo dos gêmeos idênticos, que são clones genéticos, para testar o efeito da dieta e do exercício e como esses indivíduos respondem a diferentes tipos de comida”, explica Tim Spector, professor de epidemiologia genética da universidade.

Durante 12 semanas, os irmãos Turner se dividiram: Hugo começou a fazer uma dieta vegana, enquanto Ross continuou a comer carnes e produtos lácteos.

Ambos recebiam o mesmo número de calorias por dia e fizeram o mesmo tipo de treino físico ao longo de todo o período.

As diferenças

Hugo confessa que sofreu para se ajustar à nova alimentação.

“Nas primeiras semanas, eu ficava com aquela vontade de comer carne, lácteos e queijos. E minha dieta era baseada em frutas, nozes e castanhas”, relata.

“Por outro lado, eu estava comendo mais alimentos integrais, o que significava que meus níveis de açúcar no sangue se mantinham estáveis e eu me sentia mais saciado durante todo o dia.”

“Também parecia que tinha mais energia”, completa.

Já Ross conta que teve altos e baixos. “Eu tive alguns dias com picos de energia e momentos mais longos de cansaço.”

Os gêmeos idênticos Hugo e Ross Turner são atletas de esportes de aventura há dez anos — Foto: BBC Reel

Os gêmeos idênticos Hugo e Ross Turner são atletas de esportes de aventura há dez anos — Foto: BBC Reel

O professor Spector avalia que a experiência ajudou a entender melhor a forma como o corpo lida com os alimentos e como isso pode variar muito de pessoa para pessoa — mesmo quando falamos de gêmeos idênticos.

Essa variação, aliás, também foi observada em outros gêmeos, num estudo que é conduzido pelo pesquisador e seu grupo em Kings College.

“Nós acreditamos que há possivelmente um elemento fora da genética que contribui para os resultados que vemos: a flora intestinal”, diz Spector.

A flora intestinal, ou microbiota intestinal, é um conjunto de trilhões de bactérias e outros micro-organismos que vivem no sistema digestivo e são essenciais para diversos processos do nosso corpo.

“Se eles [os micro-organismos] são bem tratados, vão produzir milhares de produtos químicos que mantêm o corpo em forma”, continua.

“Esses produtos químicos ajudam o sistema imune a combater infecções e vão até o cérebro, onde nos fazem sentir mais saciados ou menos estressados e deprimidos”, completa o professor.

De acordo com os cálculos de Spector, gêmeos idênticos apresentam apenas 25 a 30% de similaridade na flora intestinal. E esse pode ser um dos motivos para eles reagirem de forma diferente às dietas.

Como ter uma flora saudável

Spector lista quatro passos fundamentais para manter os micro-organismos do corpo equilibrados e nutrir uma diversidade no seu “jardim” intestinal.

“A primeira coisa é comer 30 plantas por semana”, recomenda.

Isso dá entre quatro e cinco porções de legumes, verduras ou frutas a cada dia.

A microbiota intestinal é essencial para o funcionamento do nosso corpo — Foto: Getty Images

A microbiota intestinal é essencial para o funcionamento do nosso corpo — Foto: Getty Images

“Em segundo lugar, é importante escolher plantas que tenham polifenóis, que são substâncias que dão cores brilhantes ou um gosto levemente amargo a alguns desses alimentos”, diz.

Aqui entram opções como o repolho roxo, a cenoura, as frutas vermelhas (morango, framboesa, mirtilo…), os cítricos (limão, laranja, tangerina…), as castanhas, o café e até o chocolate meio amargo.

O terceiro passo citado por Spector é o consumo dos probióticos. Essa é uma classe de comidas que já traz em sua formulação os micro-organismos que podem povoar o intestino e contribuir para o equilíbrio da microbiota.

Os principais probióticos disponíveis atualmente são o iogurte natural, o kefir e o kombucha.

“Por fim, é importante cortar os alimentos ultraprocessados”, acrescenta o professor.

Ultraprocessado é uma categoria que reúne comidas feitas com ingredientes industriais e que passaram por um processamento tão intenso que perdem a estrutura, a cor e o sabor originais, a ponto de necessitarem de compostos como emulsificantes, corantes, aromatizantes…

Fazem parte da lista os biscoitos recheados, os molhos industrializados, os refrigerantes, os salgadinhos, os sorvetes e os chicletes.

Resultados e aprendizados

Ross percebeu que a tarefa de seu irmão, de virar vegano por algumas semanas, rendeu um ensinamento importante.

“Eu pude ver o quanto de comida processada eu comia e isso me tornou mais consciente sobre essa questão”, observa.

O professor Spector pondera que uma dieta vegana não é necessariamente mais saudável. “Tudo depende da qualidade da comida e não se trata apenas de ter ou não ter carne no seu prato”, diz.

“Muitos veganos podem consumir uma grande quantidade de comida ultraprocessada”, exemplifica.

O pesquisador Tim Spector explica que nem sempre uma dieta vegana é mais saudável — Foto: BBC Reel

O pesquisador Tim Spector explica que nem sempre uma dieta vegana é mais saudável — Foto: BBC Reel

Ao final das doze semanas, os resultados de Hugo e Ross não tiveram resultados tão diferentes, mesmo com dietas bem distintas.

Eles até observaram algumas pequenas melhorias em algum aspecto ou outro da saúde, como o nível de colesterol, porcentagem de gordura ou resistência ao diabetes tipo 2.

Esses achados, porém, não podem ser extrapolados para toda a população. Afinal, eles são atletas de alta performance, com rotinas de treinos e dietas bem rígidas, em que uma simples alteração pode significar um desempenho melhor ou pior nos esportes.

Para seres humanos “normais” como nós, Spector entende que promover mudanças na alimentação e buscar uma dieta mais saudável que beneficie a microbiota intestinal podem ajudar a diminuir o cansaço, a fome e o peso.

Mas, no final das contas, o que toda essa experiência com os gêmeos reforça é que não há uma dieta perfeita, que funcione igual para todo mundo — mesmo quando falamos de pessoas que compartilham exatamente o mesmo genoma.

E os próprios irmãos Turner perceberam isso durante as doze semanas de experiência.

“Eu consegui mudar um pouco a minha dieta. Agora, tento colocar mais cor no meu prato e comer tudo com moderação. A chave é o equilíbrio”, sugere Hugo.

“Se alguém disser que uma dieta específica vai dar resultados exatos, sempre questione. É importante experimentar, se divertir e ver o que funciona para você”, recomenda Ross.

G1 Saúde

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