A moção de apelo internacional apoiada por 65 senadores, dentre os eles os paraibanos Daniella Ribeiro (PP), Veneziano Vital do Rego e Nilda Gondim, ambos do MDB, vai a plenário amanhã e deve receber apoio unânime. No texto, os senadores corroboram o entendimento de que o “Brasil se tornou o epicentro mundial da pandemia“ e que o “ritmo de imunização é insuficiente para conter a propagação da doença”.
No requerimento de votação, a senadora Kátia Abreu informa que o texto, uma vez aprovado pelo Senado, será enviado ao G20, à OMS, à OCDE, aos parlamentos europeu e britânico, ao Congresso dos EUA, à Assembleia Popular da China, às farmacêuticas que desenvolvem vacinas, bem como a postos diplomáticos brasileiros no exterior e representações estrangeiras no Brasil.
Na justificativa, Abreu diz ainda que “a aceleração dos números da COVID-19 nesse momento é consequência da baixa adesão do Brasil ás medidas protetivas (como o uso de mascaras, a não ocorrência de aglomerações e a não adoção de medidas de higiene pessoal), também resulta do surgimento de novas variantes da COVID-19 (variante AP1 principalmente – mais transmissível) e também da falta de um programa célere e adequado de imunização que poderia ter contido o recrudescimento da doença”.
“A vacinação é o procedimento mais eficaz para a contenção da doença. Enquanto o Brasil não avançar no plano de imunização contra a COVID-19, medidas emergenciais como lockdown, toque de recolher e a busca incessante pelo aumento de recursos para atendimento aos pacientes serão necessárias, porém nem sempre efetivas.”
A crise sem precedentes “impõe ao Senado Federal a tarefa de fazer aos demais países um doloroso alerta: o avanço da pandemia no Brasil representa risco real para o mundo“, destaca trecho do documento.