
Especialistas estimam que o preço da carne pode “ficar nas alturas” por anos. Em supermercados do Rio houve aumento de mais de 30% em um mês em alguns cortes, como picanha e alcatra, bem acima da média de 6,78% de alta da carne vermelha noa no pelo IPCA-15 e da inflação, abaixo de 3%. A informação é do jornal O Globo.
No Rio, a Associação de Supermercados informou que alguns produtos sofreram alta de até 50%.
O principal fato para essa mudança é o aumento das exportações brasileiras para a China, que teve seus rebanhos de porcos reduzidos à metade pela febre suína africana. Por isso, os chineses passaram a importar mais esse tipo de carne, além da bovina e aves.
De acordo com a publicação, os chineses pagam mais e o dólar alto aumenta os ganhos dos produtores brasileiros que preferiram aumentar a exportação para o país asiático e reduzir a oferta interna.
Para o professor de Economia Internacional do Ibmec-SP, Roberto Dumas, ouvido pelo O Globo, a demanda chinesa deve se manter alta por anos. Ele alerta que houve uma alta na renda dos trabalhadores e que a China não produzo para demanda interna. “Isso veio para ficar”, destacou, apontando ainda que o que a China abateu de suínos só deve ser recuperado em cinco ou seis anos.
O longo ciclo do boi que demora até seis anos para estar pronto para o abate e as altas normais de fim de ano também colaboram para o preço final.
Redação
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