Vivendo a pior fase da pandemia de Covid-19 – na contramão de alguns países do mundo, que já apresentam quedas expressivas nos casos nas mortes em decorrência da doença –, o Brasil registra sucessivos recordes nessas taxas. Com os 1.057 óbitos notificados na segunda-feira (15), por exemplo, o país completa 22 dias seguidos com média móvel acima de mil.
Os números são ainda mais preocupantes tendo em vista o panorama global: nos últimos cinco dias, a cada 100 óbitos por Covid-19 no mundo, pelo menos 22 foram registrados por aqui. E mais: há uma semana, o país está à frente dos Estados Unidos na média móvel de mortes, o que não acontecia desde 1º de outubro de 2020.
Os dados divulgados fazem parte de um levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base nos relatórios do Our World in Data, que acompanha diariamente o avanço do novo coronavírus no Brasil e no mundo.
Pior semana da pandemia
Na última semana epidemiológica, entre os dias 7 e 13 de março, o Ministério da Saúde registrou a semana mais mortal e mais infecciosa desde o início da pandemia no Brasil.
Foram identificados, nos últimos sete dias, 500.722 novos casos – 18,7% a mais do que o recorde prévio, registrado na semana imediatamente anterior – entre 28 de fevereiro e 6 de março. Em relação aos óbitos, os índices chegaram a 12.777, quase o dobro do que foi contabilizado no pico da primeira onda. Para efeito de comparação, o número é igual ou superior à população de 2.961 municípios brasileiros.
Do Metrópoles
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