Na ONU, Lula defende combate às desigualdades e critica direita e sanções internacionais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, nesta terça-feira (23), a 80ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, reforçando a defesa da democracia e a importância da redução das desigualdades sociais como caminho para a consolidação de regimes democráticos no mundo.

Em um discurso marcado por críticas à extrema direita, Lula chamou opositores de “falsos patriotas” e afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado por tentar dar um golpe de Estado. O petista destacou que “agressão contra a independência do Judiciário é inaceitável” e alertou que “falsos patriotas arquitetam publicamente ações contra o Brasil”.

O presidente também dirigiu críticas à postura internacional dos Estados Unidos e a práticas de sanções unilaterais aplicadas por potências ocidentais. “Atentados à soberania e sanções arbitrárias estão se tornando regra. O autoritarismo se fortalece quando nos omitimos. A ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias”, afirmou.

Ao longo de sua fala, Lula reforçou que a desigualdade social continua sendo um dos maiores entraves à democracia e que o enfrentamento dessa realidade deve ser prioridade global. “Não há democracia plena em sociedades marcadas por profundas desigualdades. É preciso garantir dignidade e oportunidades para todos”, disse.

O discurso do presidente brasileiro deu o tom político da abertura da Assembleia da ONU, mantendo a tradição de o Brasil ser o primeiro país a falar no encontro anual de chefes de Estado e de governo

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